segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CONVERSANDO COM DEUS (3)




Mas por quê? Por que nós fazemos isso?
Todas as ações humanas são motivadas em seu nível mais profundo por uma entre duas
emoções: medo ou amor. Na verdade, há apenas duas emoções - apenas duas palavras na
linguagem da alma. Esses são os extremos opostos da grande polaridade que Eu criei
quando produzi o universo e o seu mundo, como o conhecem hoje.
Há dois pontos - o Alfa e o Ômega - que tornam possível a existência do sistema que
vocês chamam de "relatividade". Sem os dois pontos, essas duas idéias sobre as coisas,
nenhuma outra idéia poderia existir.
Todos os pensamentos e atos humanos se baseiam no amor ou no medo. Não há outra
motivação humana, e todas as outras idéias se originam dessas duas. São simplesmente
versões diferentes variações do mesmo tema.
Pense bastante sobre isso e perceberá que é verdadeiro. É o que Eu chamei de
Pensamento Responsável, um pensamento de amor ou medo. É o primeiro pensamento, por
trás do pensamento - sua força motora. É a energia natural que põe em movimento a
máquina da experiência humana.
E eis aqui como o comportamento produz experiência após experiência; é por isso que os
seres humanos amam, depois destroem e então amam novamente: sempre existe a
passagem de uma emoção para outra. O amor abona o medo, que abona o amor que abona o
medo...
...E o motivo é a primeira mentira - aquela que vocês têm como verdadeira em relação a
Deus - a de que não se pode confiar Nele;
nem depender do Seu amor; e que a aceitação Dele a seu respeito é condicional; que,
portanto, o resultado final é incerto. Porque se vocês não puderem confiar em que o amor
de Deus sempre existirá, no amor de quem poderão confiar? Se Deus os abandonar quando
não agirem adequadamente, os simples mortais não farão o mesmo?
...E então sucede que quando vocês juram o seu amor mais sublime, enfrentam o seu
maior medo.
Porque a primeira coisa com que se preocupam depois de dizerem "eu o amo" é se
ouvirão o mesmo como resposta. E se ouvirem,'" começarão imediatamente a preocupar-se
com a possibilidade de perderem o amor que acabaram de encontrar. E por isso toda ação
se torna uma reação - uma defesa contra a perda - até mesmo quando vocês tentam
defender-se contra a perda de Deus.
Contudo, se soubessem Quem São - os seres mais maravilhosos e notáveis que Deus já
criou - nunca sentiriam medo. Quem os poderia rejeitar? Nem mesmo Deus encontraria
falhas em seres assim.
Mas vocês não sabem Quem São, e se consideram ser muito menos. E de onde tiraram a
idéia de que são muito menos do que maravilhosos? Das únicas pessoas cujas palavras
aceitariam para tudo: sua mãe e seu pai.
Essas são as pessoas que vocês amam mais. Por que mentiriam?
Porém, elas não lhes disseram que são demais isso, e não o suficiente aquilo? Não Ihes
lembraram que devem ser vistos e não ouvidos?
Não os repreenderam em alguns de seus momentos de maior exuberância? E não os
incentivaram a deixar de lado algumas de suas idéias mais fantásticas?
Essas são as mensagens que vocês receberam, e embora elas não estejam de acordo com
as normas, e portanto não sejam de Deus, poderiam ter sido, porque certamente vieram dos
deuses do seu universo.
Foram os seus pais que lhes ensinaram que o amor é condicional- vocês tiveram
consciência de suas condições muitas vezes - e é essa a experiência que levam para os seus
próprios relacionamentos amorosos.
Também é a experiência que levam para Mim.
A partir dessa experiência, tiram suas conclusões sobre Mim.
Dentro dessa estrutura, contam a sua verdade. Dizem: "Deus é amoroso, mas se vocês não
cumprirem os Seus Mandamentos, Ele os punirá com o desterro e a condenação eterna."
Vocês já não experimentaram o desterro que lhes foi imposto por seus próprios pais?
Não conhecem a dor da sua condenação? Como então poderiam imaginar que fosse
diferente Comigo?
Vocês se esqueceram de como é ser amado incondicionalmente. Não se lembram da
experiência do amor divino. E por isso tentam imaginar como deve ser o amor de Deus
baseado no que sabem sobre o amor no mundo.
Vocês projetaram o papel de "pai" em Deus, e por esse motivo imaginam um Deus que
julga, recompensa ou pune, baseado em como Ele se sente em relação ao que fizeram. Mas
essa é uma visão simplista de Deus, baseada em sua mitologia. Não tem nada a ver com
Quem Eu Sou.
Tendo assim criado todo um sistema de pensamento sobre Deus baseado na experiência
humana, em vez de nas verdades espirituais, vocês imaginam toda uma realidade a respeito
do amor. É uma realidade baseada no medo, na idéia de um Deus temível e vingativo.
Seu Pensamento Responsável está errado, mas negá-lo seria rejeitar toda a sua teologia. E
apesar do fato de que a nova teologia que iria substituí-Ia seria realmente a sua salvação,
vocês não podem aceita-la, porque a idéia de um Deus que não deve ser temido, não julga e
não tem motivos para punir é maravilhosa demais para ser aceita dentro de sua crença
maior em Quem e O Que Deus é.
Essa realidade do amor que evidencia o medo domina a sua experiência do amor; de fato,
permite criá-la. Porque vocês não só se vêem recebendo um amor que é condicional, como
também dando-o do mesmo modo. E mesmo quando recuam e impõem as suas condições,
uma parte de vocês sabe que não é isso que o amor realmente é. Ainda assim, parecem
incapazes de mudar o modo como o dispensam. Vocês aprenderam do modo mais difícil, e
dizem a si mesmos que serão condenados ao sofrimento se forem vulneráveis de novo. Mas
a verdade é que o serão se não forem vulneráveis.
[Devido aos seus próprios pensamentos (errôneos) a respeito do amor, vocês se
condenam a nunca experimentá-lo puramente. Por isso, também se condenam a não Me
conhecer como realmente sou. Enquanto não amarem puramente. Porque vocês não
conseguirão negar-Me para sempre, e chegará o momento da nossa Reconciliação.]
Todos os atos realizados pelos seres humanos se baseiam no amor ou no medo, não
simplesmente os que dizem respeito aos relacionamentos. As decisões que afetam os
negócios, a indústria, a política, a religião, a educação de seus jovens, os compromissos
sociais de suas nações, os objetivos econômicos de sua sociedade, as escolhas que
envolvem guerra, paz, ataque, defesa, agressão, submissão, as determinações de cobiçar
algo ou dar aos outros, guardar ou partilhar, unir ou dividir - todas as escolhas feitas por
livre vontade que já fizeram surgem de um dos dois únicos pensamentos possíveis que
existem: de amor ou medo.
O medo é a energia que restringe, paralisa, retrai, leva-os a fugir e esconder-se, e fere.
O amor é a energia que expande, move, revela, leva-os a ficar e partilhar, e cura.
O medo cobre os seus corpos de roupas, o amor lhes permite ficar nus. O medo os faz
segurar tudo o que têm, o amor dá tudo aos outros. O medo sufoca, o amor mostra afeição.
O medo oprime, o amor liberta. O medo irrita, o amor acalma. O medo critica, o amor
regenera.
Todos os pensamentos e atos e todas as palavras humanas se baseiam em uma dessas
emoções. Vocês não têm escolha em relação a isso, porque nada mais há a escolher. Mas
têm livre-arbítrio para decidir qual dessas escolher.
O Senhor faz isso parecer muito fácil, mas no momento de decisão quase sempre o medo
vence. Por quê?
Vocês aprenderam a viver com medo. Ouviram falar sobre a sobrevivência do mais
hábil, a vitória do mais forte e o sucesso do mais esperto. E por isso tentam ser os mais
hábeis, os mais fortes e os mais espertos - de um modo ou outro - e caso se vejam como
algo menos do que isso em qualquer situação, temerão a perda, porque lhes disseram que
ser menos é ser perdedor.
E então é claro que escolhem a ação que o medo justifica, porque foi isso que
aprenderam. Contudo, Eu lhes ensino isto: quando escolherem a ação que o amor justifica,
farão mais do que sobreviver, vencer e ser bem-sucedidos. Experimentarão a glória
suprema de Quem Realmente São, e quem podem ser.
Para isso, devem deixar de lado os ensinamentos de seus mestres mundanos bemintencionados,
mas mal-informados, e ouvir os ensinamentos daqueles cuja sabedoria vem
de outra fonte.
Há muitos mestres assim entre vocês, como sempre houve. Eu não os deixarei sem
pessoas que possam orientá-los, mostrar-lhes e ensinar-lhes essas verdades, e lembrá-los
delas. Contudo, o maior lembrete não vem de fora, mas da voz dentro de vocês. Esse é o
principal meio que Eu uso, porque é o mais acessível.
A voz interior é a mais alta com que Eu falo, porque é a mais perto de vocês. É a voz que
lhes diz se tudo o mais é verdadeiro ou falso, certo ou errado, bom ou ruim, segundo as,
suas definições. É o radar que determina o curso, governa' o navio e indica o caminho, se
vocês deixarem.
É a voz que lhes diz neste exato momento se as próprias palavras que estão lendo são de
amor ou medo. Assim poderão determinar se são palavras que devem ser ouvidas ou
ignoradas.
Mas o Senhor disse que quando eu sempre escolher a ação que o amor justifica,
experimentarei a glória suprema de quem eu sou e posso ser. Por favor, pode explicar
melhor?
Há apenas um objetivo para toda a vida: que você e todos os ~eres vivos experimentem a
glória suprema.
Tudo o mais que você diz, pensa ou faz serve a esse objetivo. Não há mais nada para a
sua alma fazer e que queira fazer.
O maravilhoso neste objetivo é que ele é eterno. O fim é uma limitação, e o objetivo de
Deus é ilimitado. Se em algum momento você experimentar a sua glória suprema, nesse
instante imaginará uma glória ainda maior a atingir. Quanto mais você é, mais pode tornarse,
e quanto mais você se torna, mais ainda pode ser.
O maior segredo é que o vida não é um processo de descoberto, mos sim de criação.
Você não está se descobrindo, mos se recriando. Por isso, tente não descobrir Quem É,
mas determinar Quem Quer Ser.
Há pessoas que dizem que a vida é uma escola, que estamos aqui para aprender lições
específicas, que quando nos "diplomarmos" poderemos ter objetivos mais amplos, não ser
mais escravos do corpo. Isso é correto?
É outro parte de suo mitologia, baseada na experiência humana.
A vida não é uma escola?
Não.

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