terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bezerra de Menezes (11)




INFALIBILIDADE

Filhos, não vos considereis criaturas isentas de erros, para que a
compaixão vos inspire na apreciação da conduta alheia.

Todos, a qualquer momento, poderemos cair, equivocados.

Em sua maioria, os adeptos da Doutrina estão longe de ser os
missionários que se imaginam, ou que companheiros desavisados os supõem
nas tarefas em que se redimem.

Não vos consintais a idolatria e nem provoqueis elogios a vosso
respeito, suscitando ilusões que muito vos haverão de custar.

Esquecei o passado e, sob qualquer hipótese ou pretexto, fugi de
rememorá-lo, principalmente no que tange às vossas ligações afetivas do
pretérito.

O esquecimento das vidas que se foram representa uma das maiores
dádivas da Lei Divina para o espírito na reencarnação.

Observai as vossas tendências e inclinações no presente e tereis uma
idéia aproximada do que fostes e do que fizestes outrora.

Se reparardes um companheiro em queda, em vez de injuriá-lo,
procurai socorrê-lo para que se levante e prossiga no desempenho das
obrigações que lhe pesam.

Quem escarnece da Humanidade, escarnece de si mesmo; quem
apedreja o pecador, lança pedras sobre a sua própria imagem...

Feliz de quem já sabe reconsiderar o caminho percorrido e, se
necessário, alterar o curso da caminhada.

Quase sempre, os erros que identificais nos outros vos servem apenas
de justificativa para os erros que cometestes ou pretendeis cometer.

Não contemporizeis com o mal que subsiste em vós. Dos outros
procurai, única e tão-somente, imitar o que for bom.

Pretender a infalibilidade, vossa ou do próximo, na atual conjuntura
evolutiva do espírito humano no Planeta, seria pretender o inexeqüível.
Filhos, compadecei-vos uns dos outros e não fomenteis discórdias entre
vós.

Cada qual se encontra estagiando em um degrau especifico da
simbólica escada do conhecimento espiritual, de que as mais diversas religiões
não passam de simples representantes na Terra.

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