CAVERNAS
Cavernas são habitações etéricas terríveis de espíritos
sem Luz, na periferia da Terra, na parte mais densa do plano etérico, onde são
aprisionados e vampirizados espíritos desencarnados, usados como fonte de baixa
vibração, operando em contato íntimo com a superfície física. É o mundo dos
exus e dos demônios.
Ao desencarnar, o Homem que foi, quando encarnado na
Terra, uma pessoa de bem, um bom pai de família, culto, cientista, enfim, um
membro de posição acima da média na sociedade, porém irrealizado, cheio de
pretensões, agnóstico, descrente das palavras de Jesus, libera seu espírito
que, por não aceitar as coisas mais simples, em nada crê, e se torna presa
fácil para entidades experientes na manipulação de forças empregadas para
tristes fins. Aquele espírito se transforma em um exu.
Assim, na visão de nossa Doutrina do Amanhecer, o exu é
um espírito que não encontrou o caminho de Deus e se perde na vã esperança de
conseguir sua ascensão somente pela astúcia, pela sabedoria científica e pelas
fortes ligações com as sensações materiais. Não é um espírito das Trevas, mas
também não tem Luz. É um sofredor que age no plano invisível da Terra.
Os exus são líderes, sábios e inteligentes, que
organizam escolas e universidades, que possuem numerosas falanges, se agrupando
para agir em “linhas”, e mercenários, exigindo pagamento por seus trabalhos,
que são feitos tanto para o Bem como para o Mal. Seu pagamento é feito pelos
despachos e oferendas, de onde retiram as energias negativas que os alimentam.
Como no mundo físico, a organização desses membros das
Trevas vive da força e da energia individual. Pelos “terreiros”, os exus formam
linhas de relacionamento entre o plano invisível e o físico, ampliando sua
força na relação direta da quantidade de espíritos que são escravizados.
Na Doutrina do Amanhecer, devemos ter amor e carinho
com todos os espíritos, inclusive os exus, embora nada queiramos deles, nada há
que possam fazer por nós, a não ser a oportunidade de exercermos nossa fé,
nossa capacidade missionária.
Não podemos evitá-los nem fugir deles. Os exus são atraídos ao Trono Milenar, onde
precisam ser trabalhados com muito amor e abnegação, para que possam ser
doutrinados e recebam vibrações de amor e luz, despertando a consciência de
suas mentes para a Doutrina Crística.
Em geral, os exus são considerados verdadeiros demônios,
mas, na realidade, são apenas espíritos sem noção do que seja certo ou errado,
agindo de acordo com seus contratos, firmados com aqueles que buscam sua ajuda,
nos locais onde se utilizam suas forças, até para a realização das mais
terríveis obras.
Existem os Exus Caçadores, que obsidiam e escravizam
espíritos que se perdem na recusa de aceitar seus destinos cármicos, saindo da
Pedra Branca revoltados ou desequilibrados.
“Ora, um exu é um espírito como outro qualquer,
geralmente um homem de bem, um pai de família que desencarnou normalmente.
O que os torna diferentes no mundo dos espíritos é que
são cultos, cientistas, doutores, enfim, pessoas de posição. Desencarnam
irrealizados, cheios de pretensões, agnósticos, descrentes das leis do Cristo.
Como não crêem em coisa alguma, não aceitam as coisas simples. Tão pronto
desencarnam, são atraídos para a companhia de entidades experientes na
manipulação de forças…
Não existem forças do mal ou forças do bem. Existem,
simplesmente, forças, que são empregadas no bem ou no mal. Depende de quem as
controla, e como as controla…
Depende do plano de trabalho, da camada onde eles
operam. Geralmente, esses espíritos não conseguem atingir mais que um plano
inferior, próximo da superfície terrestre, onde as forças são densas,
animalizadas. Não aceitando o Cristo, a Lei do Amor e do Perdão, não sintonizam
com as forças do astral.
A não ser aqueles que lidam com a Magia Negra, que
manipulam forças extraordinárias – às vezes com a bênção de Deus – a maioria
deles trabalha mesmo é com o magnético animal – ectoplasma humano, mediunidade.
(Tia Neiva – “Sob os Olhos da Clarividente”)
Denominamos “sofredor” o espírito sem Luz, desencarnado
em tristes condições, que não consegue seguir sua jornada e fica pairando nos
planos baixos Terra, porém sem luz solar, sem sons ou quaisquer outras formas
energéticas do plano físico, influenciando espíritos encarnados com suas
vibrações pesadas, especialmente os médiuns de incorporação, que sentem seus
efeitos com sua aproximação. Ele se liga ao ser humano pelo padrão vibratório e
só tem acesso quando a vibração do encarnado desce até a sua. Geralmente o
espírito sofredor continua com as impressões do mal que o levou ao desencarne -
dores de doenças terminais, de desastres - e tem grande apego pelas coisas materiais
que lhe pertenceram em vida. Na verdade, ele não tem consciência do desencarne,
e sofre, em sua mente, dores que lhe acometiam o corpo físico.
Os donos das cavernas e seus povos atuam de forma
intensa, também, sobre os encarnados, provocando confusões, brigas, bebedeiras,
acidentes, enfim, tudo o que possa gerar energias pesadas resultantes da
desarmonia, da violência e do sangue.
O sangue, em contato com o ar, libera ectoplasma de
campo vibracional muito pesado, verdadeiro manjar para os espíritos das Trevas.
Essa energia pesada é também produzida pela ingestão do álcool e de drogas, de
forma que a pessoa viciada se torna verdadeira mina de força para as Trevas.
Aqueles irmãos se fortalecem com isso, mantendo prisioneiros espíritos
encarnados e desencarnados geradores desse tipo de energia, que se perdem na
incompreensão, no desespero ou na revolta.
Sendo etéricas, as cavernas não ocupam espaço físico,
mas permanecem sempre num mesmo ponto ou local correspondente a um lugar no
plano físico da Terra, que podem ser percebidos pelo ambiente pesado que formam
ao seu redor. Assim se explicam locais pesados, até mesmo fatais, sendo um bom
exemplo a localização de “pontos negros” em diversas estradas, onde, sem
explicação científica, ocorre grande número de desastres, com vítimas fatais.
Há lares em que a vibração de seus moradores se torna
tão baixa que propicia ali a instalação de uma caverna!
Um grande trabalho é feito pelos Cavaleiros e pelas
Guias Missionárias, que procuram retirar esses prisioneiros das cavernas, com
suas redes magnéticas, quando, pelo despertar de suas consciências, passam a
desejar a Luz, libertando-se das Trevas.
Como descreveu Koatay 108, as Muruaicys vão à frente,
abrindo os portões magnéticos do Vale das Sombras e das cavernas, onde se
encontram espíritos que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados
pelo ódio, por sua vibração negativa, assumindo tristes formas animalizadas e
até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam seus charmes, emitindo lindos mantras
que vão iluminando aqueles espíritos e estes, como que hipnotizados, vão
deixando os negros abismos e se aproximando dos portões.
Junto aos portões, as Madalenas fazem uma espécie de
poços de lama etérica, escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando
irreconhecíveis, com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando
os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las, supondo serem da mesma
concentração que eles. É o momento em que as Cayçaras lançam suas redes
magnéticas, aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de Ypuena, os
levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro da Lança Vermelha, na
Estrela Candente, onde recebem o choque da força magnética animal emitida pelos
médiuns escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo
elevados aos planos de acordo com seus merecimentos. São, então, conduzidos às
Casas Transitórias para se recuperarem e prosseguir suas jornadas.
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