sexta-feira, 25 de outubro de 2013

História do Doutrinador contada pelo Trino Arakén

 
 
 
Salve Deus!

Eu sei que muitos dos senhores conhecem, mas eu vou contar uma pequena história para os senhores hoje. Vocês conhecem a HISTÓRIA DO DOUTRINADOR?

Pois bem, é uma história que um Espírito contou para Tia Neiva, e pediu para que sempre que houvesse oportunidade, a história dele fosse contada para o Corpo Mediúnico como experiência, como exemplo.

Esta história aconteceu aqui no Brasil, no Estado de Minas Gerais, em Alfenas. É uma cidade, um município de Minas, montanhoso.

Havia um fazendeiro muito rico, e na fazenda dele haviam muitos agregados, muitos colonos. Ele tinha um filho, um jovem rapaz muito bem apessoado, inteligente. E esse rapaz se interessou pela filha de um agregado lá da fazenda; mas era uma moça de outra categoria, ele não tinha grande interesse, só queria se divertir com a moça.

Os pais da moça foram contra, acharam aquilo um absurdo, sabiam os resultados das intenções dele. Mas um belo dia, ele a raptou. O pai da moça ficou muito revoltado, e foi atrás dele.

Foram se encontrando e entraram em luta. Ele era velho e o outro era jovem, forte, e acabou matando o pai da moça, da jovem, assassinou-o.

O Espírito meus irmãos, quando desencarna com muito ódio, ele não fica sobre o corpo tirando energia, como eu expliquei pra vocês, pegando aquela energia. Nem tampouco ele vai para PEDRA BRANCA.

Ele sai do corpo, ele sai leve e sobe. Fica vagando, que nem louco. Estes são os obsessores. É a cobrança mais terrível meus irmãos, é a de um Obsessor.

Muitos, pelo Amor das FALANGES DE JESUS, são levados para determinados lugares no CANAL VERMELHO, e lá eles se transformam, eles têm tanto ódio que eles vão se deformando, se deformando, e ficam iguais a uma cabecinha de macaco, que nós chamamos de ELÍTRIOS. E geralmente a cobrança de um Espírito destes é pela “morte”. É o Câncer, é a AIDS, e assim por diante. Estes são os obsessores meus irmãos.

E este Espírito (o pai da moça), saiu com tanta revolta que se tornou um obsessor, e ficou urrando no espaço.

O jovem mais tarde abandonou a moça, largou ela pra lá, conheceu uma jovem da sociedade, dentro da classe dele, se casou, foi muito feliz, viveu muitos anos, a vida foi boa pra ele.

E ele fez também muita coisa boa, dava esmolas, morreu com quase oitenta anos, numa cama, com uma velinha na mão, todo mundo chorando em torno dele.

Mas, quando chegou do outro lado e o véu caiu do rosto dele meus irmãos, ele viu a tragédia que ele provocou, e começou a receber as vibrações daquele Espírito que se tornou seu Obsessor.

Meus irmãos, é a coisa mais triste, é recebermos vibrações. Por isso é que nós estamos aqui, é por isso que nós pedimos tanto para voltar.

E foi indo, foi indo, foi indo, e ele pediu a oportunidade de reencarnar. Ele foi para uma Colônia, e disse que queria reencarnar, viver lá na Terra cinqüenta anos, cego, esmoléu, carregando este obsessor nas costas para pagar sua dívida, pra se libertar.

Daí, o responsável pela reencarnação dele disse o seguinte:

 

“ – VOCÊ NÃO VAI SER ESMOLÉU, NÃO VAI SER NENHUM CEGO. VOCÊ VAI SER UM DOUTRINADOR!”

 

E quando o Espírito vai reencarnar, ele sai da Colônia dele, vai num Departamento que se chama “SONO CULTURAL”, ele se despede dos amigos, é mais triste do que a “morte” aqui, porque a Vida lá é Transcendental, é diferente.

E lá nesse Departamento, ele passa por um processo em que é tirada de sua mente a lembrança de todas as encarnações dele, e ele recebe tudo aquilo que ele precisa para aquele compromisso daquela encarnação.

Antes disso, ele escolhe quem vai ser a Mãe dele, tudo direitinho. No terceiro mês da gestação, ele é trazido pelos Médicos, e vem uma centelha, uma Energia que serve de cola, de solda, e ele fica preso naquele corpinho, na barriguinha da Mãe dele. Isto se chama

“CENTELHA DIVINA”, que mais tarde se transforma em “CHARME” – Depois nós vamos falar disto.

Então ele reencarnou, de um casal de colonos ele era filho único. Um dia eles vinham da roça, da fazenda pra cidade numa carroça, o Pai, a Mãe dele e ele, e o cavalo se assustou não se sabe com quê, virou a carroça, que caiu num despenhadeiro. Morreu o Pai, morreu a Mãe, e pela força da Missão dele, ele se salvou.

Aí chegou na cidade, não tinha Pai, não tinha Mãe, não tinha mais ninguém. Acabou batendo num Terreiro, num Centro Espírita de um Velho.

O Velho o acolheu, ele começou ali a aprender, a trabalhar, a Doutrinar, a ajudar as pessoas. Mas ele tinha uma Força muito grande, quando chegavam aquelas pessoas obsediadas, ele resolvia o problema com certa facilidade.

E ali ele foi crescendo, foi pra escola, e aquele Velho Espírita cuidava dele, desde o primeiro ano, segundo ano, teve o Normal, se formou, se tornou Professor da Escola lá da cidade, e se tornou uma pessoa querida, todo mundo gostava dele. Um belo dia aquele Velho Missionário disse:

“ – Olha, você tem um compromisso muito sério, você tem uma conta muito séria pra acertar. Tenha muito Amor no coração, procure sempre que tiver oportunidade, fazer a Caridade, porque você vai precisar de muita Energia, de muitos Bônus para enfrentar uma velha dívida que você tem...”

Aí ele resolveu fazer um Curso de Especialização, de Pós Graduação, foi para o Rio de Janeiro. E enquanto isso, que ele era Professor e coisa e tal, tinha uma mocinha que gostava muito dele, mas ele não ligava pra ela, não se interessou. Ela era uma moça boa, mas ele não se interessou.

Foi para o Rio de Janeiro, fazer o curso dele lá, e ali conheceu uma Carioca, ele se apaixonou, e ela dizia pra ele:

“ – Ah, eu não gosto dessas coisas – começou a cortar – Ah, eu não gosto dessas coisas, isso aí pra mim não existe, é besteira...”

Aí ele voltou, procurou o Velho Protetor dele e disse:

“ – Ah, eu estou apaixonado, ela não gosta disso...”

E o Velho lhe respondeu:

“ – Olha, tome cuidado, não se esqueça do que te contei, do seu compromisso.”

E ele disse:

“ – Não, eu já trabalhei tanto, ajudei a tantas pessoas, agora eu vou cuidar da minha vida!”

E se casou. Ela veio morar em Alfenas, ele construiu um bangalô bonitinho, que lá faz muito frio no inverno, e ele construiu até uma lareira no bangalô dele lá, num lugar alto, bonito.

Mas, pelo destino, pela Força do Carma, ali perto vivia novamente a Mãe e a Filha, na segunda Encarnação. Vocês estão entendendo? Também estavam ali por perto de Alfenas.

Um belo dia, esse Obsessor pegou a filha dele, e a moça começou a passar mal, não sei o quê, e a Mãe dele freqüentava lá o Centro Espírita, e aí veio correndo com a moça, trouxe a moça lá pro Velho e disse assim:

“ – Que posso fazer?”

E o Velho lhe respondeu:

“ – Eu não posso fazer nada, só quem pode ajudar é Fulano de Tal, mas ele não está mais aqui, não vem mais aqui”.

E ela perguntou onde ele estava:

“– Ele mora naquela casa lá”. Disse o Velho.

Vocês estão entendendo? A moça que estava obsediada era aquela que ele havia raptado na encarnação passada, e quem estava obsediando ela era o próprio pai, que era um Obsessor.

A mãe ficou com tanta revolta vendo a filha dela daquele jeito, pegou e foi pra casa dele lá. Já estava escurecendo, garoando, um dia triste.

Quando ela chegou perto da porta assim, o obsessor que estava incorporado na menina reconheceu ele, o fazendeiro que o tinha assassinado. Meteu o pé na porta, ele estava de roupão, perto da lareira, já logo recebeu aquela baforada de ar frio no corpo quente, e virou as costas e saiu correndo, e ele atrás, tentando segurar a moça, e a mãe dela correndo atrás também.

A uns duzentos metros ali da casa dele passava uma Estrada de Ferro que tinha um corte bem fundo, num terreno acidentado. Quando ele ia pegando a moça, o Obsessor jogou ela lá pra baixo, ela caiu e torceu o pescoço.

Um funcionário da Estrada de Ferro que estava ali perto, estava meio escuro, testemunhou que ele empurrou a moça. A mãe da moça, por sua vez, viu que não foi ele, mas de tanta raiva, disse que foi ele, e testemunhou isso.

E ele foi preso, condenado. Mas ele já não estava bem, ele começou a adoecer, gerou uma pneumonia nele, começou a ficar todo “feridento” na cadeia.

Passados uns cinco a seis anos que ele estava preso, a mãe da moça, já perto de morrer, passava muito mal, mandou chamar a pessoa lá, não sei se o juiz ou o delegado, e confessou que o rapaz era inocente, que o guarda da Estrada de Ferro não tinha condições de ver direito, porque ele estava olhando de baixo para cima. E disse que a moça se jogou, que não foi ele que empurrou a moça. Que ela fez aquilo porque ficou com muito ódio, porque ele podia ter ajudado a filha dela e não ajudou.

Aí foram lá, soltaram ele, que saiu da cadeia e foi direto pra casa do Velho, lá pro Centro, e disse:

“ – Oh, meu Pai, você vê, eu era inocente. Agora eu quero ficar com você, e ajudar todo mundo que vier aqui. Só quero trabalhar aqui, não quero saber de mais nada!”.

A esposa dele o abandonou, a Carioquinha foi embora, ele ficou “na pior”. Aí o Velho olhou pra ele e disse:

“ – É meu filho, mas agora é tarde, você está todo feridento, doente, você foi condenado, ninguém acredita mais em você, ninguém vai confiar mais em você. Não tem mais lugar aqui pra você trabalhar. Não tem condições de ajudar a mais ninguém, você não tem mais crédito nenhum”.

E ele acabou os dias dele feridento, pedindo esmolas, e perdeu uma grande oportunidade.

Esta é a história meus irmãos.

Salve Deus!

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