Isolado em seu castelo na antiga Escócia, agora parte
do Reino Unido, o velho Lord (título concedido pelo Rei) sentia um vazio em sua
existência.
Tinha conquistado tudo o quê precisava para sentir-se
verdadeiramente feliz e realizado: posses, terras (o bem mais precioso de todos
os tempos), ouro e serviçais leais.
Porém o clamor de seu espírito pediu algo mais...
Atribuía seu sucesso material à sua capacidade de gerenciamento de crises, e
não a qualquer ser invisível que outros chamavam de deuses, ou a crendice da
“sorte”.
Sua esposa lhe dedicara fiel amor durante toda sua
vida, e ao partir deste plano deixou uma saudade boa, repleta de lembranças
agradáveis, que não lhe permitiam a tristeza ao recordar.
Em uma de suas noites de angústia injustificada teve um
sonho.
Sonhou que os pobres tomavam seu castelo e repartiam
todo o seu ouro. Desesperado perguntava a um e outro: “O quê vão fazer com esse
outro?” E ouvia sempre a mesma resposta: “Vamos comprar comida!”. “E depois?”
insistia com o interlocutor, e novamente uma resposta igual: “Não sabemos!”
Acordou suado e reflexivo no meio da noite.
Pela manhã preparou sua charrete e foi passear pelos
povoados que circundavam seu castelo. Viu tanta miséria que chegou a pensar em
realizar o sonho e repartir toda sua fortuna. Porém, lembrava da segunda
pergunta: E depois? E a resposta: Não sabemos! Durante semanas reuniu seus
leais servidores e passou a elaborar um plano de reestruturação daquela
população.
Procurou os que sabiam da arte de tecer, plantar e
colher. Buscou aqueles que detinham a arte de manufaturar matérias primas e os
que conheciam técnicas de armazenamento. Também encontrou os que sabiam das
preferências dos nobres consumidores da Corte Real. Com um planejamento
estabelecido, iniciou sua missão: procurar o povo e instruir-lhes sobre como
progredir na vida! Um a um dos camponeses, pequenos artesões, costureiras e
tantos outros que detinham alguma habilidade, mas nenhuma instrução, técnica ou
contatos comerciais, foram recebendo as valiosas lições sobre como poder
progredir.
Misturava-se com o povo sem revelar sua real condição
de “senhor do castelo”, de Lord.
Apresentava-se com uma boina de tecido xadrez,
característica dos escoceses, um simples colete e um cachecol cuidadosamente
posto. O cachimbo dava-lhe um ar de distinção que o diferenciava dos habitantes
comuns. Suas instruções eram tão precisas e eficazes que todos o passaram a
chamar de Professor, ou “Teacher” em inglês.
Teacher mudou a vida de todos e viu a prosperidade
chegar àquela região.
Poucas vezes foi necessário “colocar algum dinheiro”
extra, porém quando o fazia, exigia o compromisso de devolução. Suas técnicas,
e precisas informações, eram quase sempre suficientes para que cada um cuidasse
de seu próprio negócio. Em retribuição a todo o bem que praticou junto aos
necessitados, aprendeu com eles sobre o Deus a quem oravam pedindo que alguém
lhes fosse enviado para ajudar.Convivendo com eles aprendeu sobre sua fé e
espiritualizou-se.
Mas esta é outra história. Teacher é visto como o
grande protetor de nossas finanças. Não que vá ajudar você a ganhar na loteria,
mas para trazer o caminho, para que com seu próprio esforço e trabalho, possa
modificar sua vida e trazer a prosperidade.
Portanto, nada de fanatismo, de ficar pedindo soluções
mágicas! A resposta está no conhecimento e trabalho. As oportunidades chegam a
nossas mãos de acordo com nosso padrão vibratório, com o quê atraímos pelos
nossos pensamentos, palavras e ações.
Disposto a trabalhar e com a mente clara, pode até
receber uma “ajudinha” do professor: Teacher!
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