terça-feira, 15 de outubro de 2013

Encontro com meu Mentor

Salve Deus mestres.
A visão espiritual requer do médium um real conhecimento doutrinário e uma conduta moral exemplar dentro daquilo que lhe é possível, dando ao médium uma perfeita sintonia com os mentores que lhe assistem.

O perigo da interferência é constante, tanto na vidência como nos transportes e desdobramentos que fazemos. Quem nos guia nessa estrada é o nosso padrão mental, pois o intercâmbio é desfeito num simples momento de desarmonia.

Veja o perigo que corri quando não estamos bem harmonizados e em sintonia com os planos iluminados.

Eu saí do corpo aquela noite em busca do meu mentor, que todas as noites me esperava para ministrar os preciosos ensinamentos na minha vida. Alguns meses já haviam se passado e eu agora estava confiante a ponto de não mais por em prova todas aquelas manifestações, que antes constituíam o meu inferno em vida. Sim, muita coisa havia acontecido e muito havia aprendido durante todo aquele tempo.

O nosso ponto de encontro, nosso segredo ou nossa senha estava clara e exclusivamente no cruzamento de nossas forças. Ele me aguardava silenciosamente sentado num tronco embaixo de uma árvore e ali me colocava no seu canal. Era muito bonito: parecia um pôr-do-sol; a paisagem me era como um bálsamo dos céus, como somente um anjo poderia me pintar com todo seu amor. Era um quadro muito bonito ver aquele velho tão sábio, aquele mentor sideral, numa atitude tão humilde. Então ali nos entrelaçávamos numa perfeita sintonia, que se constituía e se constitui a única porta possível, por onde muitas e ricas lições eu recebia e recebo até hoje.

Nesse dia saí do corpo em sua busca. Entretanto não o avistei no lugar de costume e nem avistei a nossa velha árvore, que era a primeira coisa a se fazer visível quando para lá me dirigia. Dessa vez, a minha tão amiga paisagem não se fez presente aos meus olhos.

Nesse momento, alguém me abraçou e eu o reconheci. Era ele, meu querido Pai. Andamos juntos uns vinte metros, quando percebi que se tratava de uma mistificação. Automaticamente o espírito se apresentou. Pulou metros à frente e começou a zombar da minha situação. Perplexo, fiquei sem saber como agir. Procurei imediatamente o amparo de Pai…, mas não o encontrei em parte alguma. Ele então, o mistificador, começou a zombar da minha situação:

- Pensou que eu fosse Pai… não é seu palhaço?

Cuspia no chão e fazia gestos obscenos, rindo da minha cara e xingando-me de tudo que lhe vinha à mente.

Meu primeiro impulso foi o medo; entretanto estava muito mais avinhado em transportes e vidências do que antes, quando nada conhecia; procurei por Pai… e nada avistei a não ser o escuro etérico e aquele espírito numa dança zombeteira a meu respeito. Tentei ainda elevar meus pensamentos mas quando entramos no circuito ou canal de um espírito não é fácil sair, sobretudo quando não se trata de um iluminado. Ele, percebendo, riu e ganhou ainda mais confiança na situação que lhe parecia ganha.

Entretanto nem ele nem eu esperávamos o que em seguida aconteceu. Pai… estava do meu lado, mas não se fez visível também para me dar àquela lição, e somente com a ajuda dele consegui sair do canal daquele espírito.

Aprendi a rica lição daquela noite. Sem saber, aquele espírito me ensinou o risco que corremos quando não estamos harmonizados com os planos de Deus, e como somos vulneráveis quando estamos vaidosos e orgulhosos do que somos. Na verdade, tudo deve ser conduzido pela lei do amor.

Salve Deus mestres, cuidado na hora de dormir. Vamos ter cuidado ao sairmos do nosso corpo. Essa é uma das horas mais perigosas no nosso dia. Que Jesus nos abençoe.

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