segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Umbral


 
 
 
O Umbral
O Umbral é uma região limite que, no Canal Vermelho, separa o Vale Negro do restante, onde se travam grandes combates, com espíritos procurando escapar das Trevas e com os Bandidos do Espaço que atacam os que estão desprevenidos e sem proteção, para levá-los a leilão.

Para o Umbral são conduzidos os espíritos de baixo padrão vibratório, os escravizados pelo ódio, pela vaidade, os perdidos pelo magnetismo de obsessores e sofredores pela sua própria energia mental.

No Umbral estão vários pontos de auxílio, mas o que mais nos diz respeito é o Albergue de Irmã Lívia, que cuida de todos os Jaguares que desencarnam em determinados padrões vibratórios, evitando que se percam no Vale Negro.

Mas existe outro Umbral, região de Capela, plano físico, onde o Homem ainda maldoso realiza trabalhos para evoluir, com saudades, arrependimentos e com claras recordações, fazendo consciente exame de sua trajetória e de seus atos quando encarnado na Terra.

Essa parte de Capela tem grande organização social, com camadas distintas, vinte e um departamentos isolados um dos outros, como se fossem mundos separados. Após passarem pelas Casas Transitórias, onde recebem seu tratamento, ali chegam os desencarnados no nosso planeta que não conseguiram alcançar o padrão vibratório que lhe daria condições de viver nos mundos mais adiantados de Capela.

No Umbral, eles são encaminhados de acordo com suas condições vibracionais e suas afinidades, indo juntar-se aos espíritos da mesma faixa para trabalhar por sua evolução, sentindo em sua própria carne tudo aquilo que costumava fazer aos outros, na Terra, desta forma conscientizando-se do que produzia ao seu redor.

Ali estão previstas todas as oportunidades para reequilíbrio e retificação das trajetórias desviadas, sob a direção de espíritos também em provas, porém já mais evoluídos.

O desencarnado terrestre faz seu autojulgamento e sua autocondenação. Enquanto uns progridem, com amor, tolerância e humildade, outros se deixam ficar, mergulhados em seu egoísmo, em sua vaidade, e vão ficando estacionados. Os que evoluem, mudam de departamento, indo integrar-se a novo grupo afim. Os que não conseguem evoluir vão para as regiões abissais, no interior da Terra, formando grupos terríveis em seus aspectos e aparências, dominados pelo ódio, pela vingança e pela destruição.

 

UMA VIAGEM AO UMBRAL 

Despertei num local bem escuro, era “noite”, o local era tipo uma praia com algumas casas, uma pequena vila na praia, parecida com a praia de “Pirambu-Sergipe” só que no local entre a praia e a vila de casas, havia dunas, ventava muito e a temperatura era um pouco fria, mas nada acima da média. Parecia uma temperatura entre 20 a 22 graus Celsius, o ar era bastante úmido e estava bem nublado. A atmosfera não era nada agradável, mas estava longe de ser o inferno, habitavam lá, pessoas muito parecidas ao plano material/carnal, tanto na sua condição psicológica quanto na física.

Quando eu despertei, despertei andando entre as dunas em direção a umas casas, ao meu lado, um pouco atrás de mim acompanhavam-me duas mulheres, ao passar das dunas e já chegando próximo às casas eu comecei a ouvir latidos de cachorro, olhei para a direita e via apenas uma escuridão, foi aí que o latido ficou mais forte e vi um cachorro sair da escuridão e vir em nossa direção. As mulheres se assustaram e começaram a correr, eu disse: fiquem quietas, então eu fui na direção do cachorro e comecei a acalmá-lo até que ele parrou de latir, ficou andando em círculos ao meu redor e começou a cheirar meu pé e depois voltou para o local que ele saiu. Logo depois nós continuamos a andar e entramos numa casa, havia muitas entidades desencarnadas por lá, todos estavam muito agitados e falavam muito ao mesmo tempo, então um jovem começou a falar: eu tenho que sair daqui, eu não quero ficar aqui, vou embora, e me chamou para sair dali.

Eu aceitei e fomos em direção a praia, começamos a andar sobre as dunas, eu parei um pouco e comecei a olhar o mar e vi um rapaz próximo da água, montado em algo que parecia ser uma moto, ele era bem branco e loiro, parecia um sufista, por causa do seu estilo de se trajar, ele estava só com a cabeça baixa e parecia imerso na sua solidão; então o jovem que ia na minha frente me disse: venha, vamos, e voltamos a andar. Depois ele disse: eu conheço uma passagem que vai nós levar para fora daqui, ele correu e desceu bem rápido por uma duna, eu fui atrás e vi que o local que ele foi era para baixo, era uma escuridão enorme, havia uns coqueiros e uma mata densa, eu parei e pensei: esse jovem não está sendo sincero comigo, vou voltar, foi aí que definitivamente eu me dei conta de onde estava e quando comecei a voltar à vila senti uma dificuldade enorme de andar, eu estava sendo sugado para aquela ladeira que levava à escuridão. Parecia que eu estava empurrando uns 100 Kg, esse tipo de sensação é típico de quando estamos em regiões bem densas, eu fiquei muito próximo ao local que aquele rapaz queria me levar, essa sensação é a gravidade do local, quanto mais inferior o local maior será o peso da gravidade e você irá sentir mais dificuldades para se locomover. (Às vezes nessas regiões umbralinas, podemos encontrar entidades sorrateiras que usam das mais variadas arte manhas e tentam sequestrar os desencarnados às regiões das trevas, ou atrapalhar e confundir algum trabalhador que queira ajudar aos desencarnados que sofrem).

Fiquei com um pouco de medo, pois não conseguia andar, então me acalmei fechei os olhos e disse: agora vou voltar para vila! Depois disso, comecei a me deslocar rapidamente através do pensamento e derrepente abri os olhos e estava novamente na vila, fui em direção a uma casa e entrei, ali vi duas crianças que brincavam numa cama, uma delas me abraçou, depois entrou no quarto uma mulher morena, sua tez era cor de canela, amendoada, rosto oval, olhos levemente puxados e de cor verdes, eu olhei para ela apontei para uma criança e disse: essa pulou em cima de mim e me abraçou, depois sorri levemente, ela me olhava com uma cara de assustada e disse: nós não queremos ficar nesse local, queremos ir embora, eu olhei para ela, fiquei um pouco preocupado e compreendi que aquelas pessoas ainda iriam ficar por muito tempo no umbral (o umbral é uma nomenclatura espírita, esse local é uma espécie de purgatório), fiquei por um tempo olhando pensativo para aquela mulher, e com uma leve sensação de que eu nada poderia fazer, logo em seguida comecei levemente a voltar para o meu corpo, cheguei ao meu quarto; literalmente voltei ao meu corpo e comecei a abrir os meus olhos, olhei um pouco ao redor do quarto e pensei: agora é hora de escrever e passar essas informações a quem tem interesse.

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