terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Força do Amor


Amigos e irmãos, abraço-os fervorosamente.

Nesta oportunidade, desejo compartilhar com os companheiros um fato relacionado ao suicídio que resultou numa serie de ações, desenvolvidas ao longo de 18 meses, aproximadamente, mas cujo desfecho superou todas as expectativas, mesmo as inimagináveis.

As regiões de sofrimento onde vivem os suicidas, de todas as categorias, são inúmeras e vastas nos planos do Espírito. Brotam de um dia para outro, pois os excessos da Humanidade têm reduzido o tempo de reencarnação para um número significativo de pessoas. Os atentados contra a manutenção da saúde, mental e psicológica atingem cifras realmente assustadoras.

A campanha EM DEFESA DA VIDA, conduzida pelos Espíritas, é ação que ameniza a situação. Mas algo mais intenso e abrangente, que envolva a sociedade, urge ser desenvolvido.

Assim, passamos ao nosso relato.

Localizamos em determinado nicho, em nosso plano, uma comunidade de suicidas vivendo em situação precária, em todos os aspectos. Chamava a nossa atenção que tal reduto de dor nunca reduzia de tamanho. Ao contrário, contabilizávamos um número crescente, dia após dia. Procurando analisar a problemática por todos os seus ângulos, verificamos que no local, incrustado em espaço de difícil acesso, existia uma espécie de “escola” – se este é o nome que se pode utilizar – cujos integrantes se especializaram em indução ao suicídio: técnicas, recursos e equipamentos sofisticados eram desenvolvidos para que encarnados cometessem suicídio.

O suicida era, então, conduzido à instituição e, sob tortura, a alma sofredora fornecia elementos mentais que serviam de alimento à manutenção de diferentes desarmonias que conduzem o homem ao desespero.

Fomos surpreendidos pela existência de tal organização e estarrecidos diante do fato, de como a alienação, associada à maldade, pode desestruturar o ser humano.

Após tomar conhecimento dos detalhes, um plano de trabalho foi definido, depois que um mensageiro de elevada região veio até nós.

Durante algum tempo pelejamos para sermos adequadamente preparados, inclusive aprendendo a liberar vibrações mais sublimadas, a fim de fornecer a matéria mental e sentimentos puros que pudessem erguer um campo de força energético ao redor do local.

Almas devotas estiveram conosco permanentemente, instruindo-nos, fortificando-nos e nos revelando a excelsitute do amor. Entretanto, era preciso fazer algo mais. Desfazer a organização não representaria, em princípio, maiores problemas; o desafio seria convencer os instrutores a não fazer mais aquele tipo de maldade. Várias tentativas foram enviadas, neste sentido. Orientadores esclarecidos da Vida Maior foram rejeitados e até ridicularizados. Nada conseguíamos com os dirigentes daquela instituição, voltada para a prática do suicídio.

Mas a vitória chegou, gloriosa, no final da tarde de domingo último (1), quando, convidados a participar do encerramento do Congresso, aqueles dirigentes presenciaram a luminosidade do amor. Conseguiram, finalmente, ver o significado da vida, a sua importância e fundamentos.

Foram momentos de grande emoção que envolveu a todos nós, quando um nesga de luz desceu sobre os encarnados e desencarnados no exato instante em que todos, em ambos os planos da vida, se deram as mãos e cantaram em prol da paz.

A nesga de luz se alargou, cresceu, envolveu a todos. A força do amor jorrou plena e, em sublime explosão, rompeu o ar, circulou sobre a cabeça de todos, espalhou-se como poderosa onda para o além do recinto, ganhando a cidade.

Brasília se nimbou de luz, no ar, no solo, nas águas. À nossa visão estupefata e maravilhada parecia que uma nova estrela estava surgindo. Os seres da Criação, vegetais, animais e hominais, os elementos inertes, rochas e minerais, as construções humanas, prédios, edifícios, avenidas, bancos, repartições públicas e privadas, residências, tudo enfim, foi banhado por luz pura e cristalina que jorrava do alto.

Célere, a bela luminosidade espalhou-se do coração da Pátria para todos os recantos do Brasil, das Américas, da Europa, África, mais além, no Extremo e Médio Oriente, atingindo a todos os continentes, países e cidades. Alcançou os polos do Planeta, girou, em bailado sublime, por breves minutos ao redor da Terra e se prolongou mais além, em direção ao infinito.

Jesus tinha se aproximado do Planeta, em brevíssima visita de luz, amor e compaixão.

Jamais presenciei tanta beleza e tanta paz!

Com afeto.

Yvonne Pereira

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A TERAPÊUTICA DA PRECE


No tratamento da obsessão é necessário salientar a terapêutica da prece como elemento valioso de introdução à cura.

Não ignoramos que a psiquiatria, nova ciência do mundo médico, apesar de teorizada nos hospícios, somente corporificou-se na prática que a define, nos campos de guerra do século presente. Chamados ao pronto-socorro das retaguardas, desde o conflito russo-japonês, os psiquiatras esbarram com numerosos problemas da neurose traumática, identificando as mais estranhas moléstias da imaginação e usando a palavra de entendimento e simpatia como recurso psicoterápico de incalculável importância.

Por isso, dispomos, atualmente, na moderna psicanálise, da psicologia do desabafo como medicação regeneradora. A confissão do paciente vale por expulsão de resíduos tóxicos da vida mental e o conselho do especialista idôneo age por doação de novas formas-pensamento, no amparo do cérebro enfermiço.

Invocamos semelhante apontamento para configurar na luta humana verdadeiro combate evolutivo em milhares de almas caem diariamente nos meandros das próprias complicações emocionais, entrando, sem perceber, na faixa das forças inferiores que, a surgirem de nosso passado, nos espreitam e geram em nosso prejuízo dolorosos processos de obsessão, retardando-nos o progresso, por intermédio dos pensamentos desequilibrados com que se justapõem à nossa vida intima.

É por essa razão que vemos, tanto nos círculos terrestres, como nas regiões inferiores da vida espiritual, as enfermidades-alucinações que se alojam na mente, ao comando magnético dos poderes da sombra, com os quais estejam em sintonia.

E a técnica das inteligências que nos exploram o patrimônio mento-psíquico, baseia-se, de maneira invariável, na comunhão telepática, pela qual implantam naqueles que lhes acendem ao domínio as criações mentais perturbadoras, capazes de lhes assegurar o continuísmo da vampirização.

Atentos, assim, à psicogênese desses casos de desarmonia espiritual, quase sempre formados pela influenciação consciente ou inconsciente das entidades infelizes, desencarnadas ou encarnadas, que se os associam à experiência cotidiana, recorramos à prece como elemento de ligação com os Planos Superiores, exorando o amparo dos Mensageiros Divinos, cujo pensamento sublimado pode criar, de improviso, novos motivos mentais em nosso favor ou em favor daqueles que nos propomos socorrer.

Não nos esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida. Assim sendo, em quaisquer emergências da tarefa assistencial, em nosso beneficio ou em beneficio dos outros, não olvidemos o valor da prece em terapia, recordando a sábia conceituação do Apóstolo Tiago, no versículo 16 do capitulo 5 em sua Epistola Universal: - "Orai uns pelos outros, afim de que sareis, porque a prece da alma justa muito pode em seus efeitos".

pelo Espírito Francisco Menezes Dias Da Cruz - Do livro: À Luz da Oração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 29 de agosto de 2010

Homenagem !


Salve Deus!

Meus irmãos de além mar.

Na ausência do Mestre Jorge, que sempre está a nos brindar com as pérolas que garimpa em riquíssimos textos espíritas, eu não poderia me furtar a render uma homenagem a este casal (Jorge e Mena) que estão no Templo Mãe recebendo suas merecidas Consagrações.

Que nossa vibração de fraterno amor possa atingir seus corações e recebamos também um pouquinho das grandes energias de luz que por ora estão a desfrutar.

Meu irmão Jorge, minha irmã Mena, que minha Mãe Yemanjá vos cubra com seu Manto Sagrado e abençoe seu retorno repleto de amor a ser compartilhado com todos meus irmãos amados de Portugal.

Kazagrande

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CURA DA OBSESSÃO


Sem fazer disso motivo de pânico, o homem precisa considerar a possibilidade de contar com adversários domiciliados no mundo espiritual. Na maioria das vezes, esses Espíritos são nossos conhecidos; gente que conosco conviveu nesta ou em outra existência e que guardou algum ressentimento por algo que lhe fizemos e ainda não foram capazes de nos perdoar. Eles não nos querem felizes, porque eles mesmos também não estão felizes presentemente. Sofrem, e por isso querem nos fazer sofrer.

Como impedir que eles nos atinjam? Qual seria o método mais eficiente de defesa espiritual? Trabalho Espiritual!

Precisamos estudar as coisas relacionadas ao espírito, tanto quanto estudamos os mais variados aspectos da vida material.

Há muita gente letrada, pós-graduada, falando vários idiomas, mas espiritualmente analfabeta. Pouquíssimas têm respostas para as grandes questões da vida: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou após a morte? O que é a vida na Terra? Que missão me cabe realizar enquanto aqui estiver?

A Oração é a terapia defensiva contra o assédio do mal. Quem ora eleva seu padrão de energia, pairando em faixa superior àquela onde se encontram nossos desafetos. É como mudar a estação de rádio. Giramos o botão de sintonia e passamos a captar outra onda. Quem faz da prece um hábito, fica sintonizado na estação transmissora divina, não captando ondas de freqüência inferior.

A receita termina com o remédio do trabalho no bem. Ao ocuparmos nossa mente, no desempenho reto de nossas tarefas, fechamos o espaço para as sugestões infelizes que partem de seres desencarnados.

E quando nós realizamos esse trabalho no bem, que beneficia aqueles que passam por dificuldades maiores do que as nossas próprias dificuldades, nós sensibilizamos os inimigos do mundo espiritual, pelos nossos exemplos de amor e abnegação, pois mostramos a eles que somos criaturas esforçadas no bem, e que, se no passado estivemos caídos no mal, hoje estamos nos levantando, a fim de repararmos os próprios equívocos, pelas asas da caridade.

Dentre todas as receitas que andam no mundo para a cura das obsessões, estas prescrições, tiradas diretamente do Evangelho de Jesus, carregam as genuínas forças de libertação de nossos vínculos com as trevas.

É só experimentar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A VOZ E AS PALAVRAS

E Clara, voltando à poltrona que nada tinha de cátedra, sem qualquer atitude professoral, tão grande era o doce ambiente de maternidade que sabia irradiar de si, começou a dizer para os aprendizes:

— Conforme estudamos na noite de hoje, a palavra, qualquer que ela seja, surge invariàvelmente dotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é o incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz. Por isso mesmo, em todos os nossos campos de atividade, a voz nos tonaliza a exteriorização, reclamando apuro de vida interior, de vez que a palavra, depois do impulso mental, vive na base da criação; é por ela que os homens se aproximam e se ajustam para o serviço que lhes compete e, pela voz, o trabalho pode ser favorecido ou retardado, no espaço e no tempo.

Dentro da pausa ligeira que se fizera espontânea, simpática senhora interrogou:

— Mas, para que tenhamos a solução do problema, é indispensável jamais nos encolerizarmos?

— Sim — elucidou a instrutora, calma —, indiscutivelmente, a cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores, ao redor de nossos passos...

Sorrindo bem humorada, acrescentou:

— Em tais ocasiões, se não encontramos, junto de nós, alguém com o material isolante da oração ou da paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior. A cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais estranhas perturbações.

Um moço, com evidente interesse nas lições, argumentou:

— E se substituíssemos o termo «cólera» pelo termo «indignação»?

Irmã Clara pensou alguns instantes e redarguiu:

— Efetivamente, não poderíamos completar os nossos apontamentos, sem analisar a indignação como estado d'alma, por vezes necessário. Naturalmente é imprescindível fugir aos excessos. Contrariar-se alguém a propósito de bagatelas e a todos os instantes do dia será baratear os dons da vida, desperdiçando-os, de modo inconsequente, sem o mínimo proveito para si mesmo ou para os outros. Imaginemos a indignação por subida de tensão na usina de nossos recursos orgânicos, criando efeitos especiais à eficiência de nossas tarefas. Nos casos de exceção, em que semelhante diferença de potencial ocorre em nossa vida íntima, não podemos esquecer o controle da inflexão vocal. Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem, precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem endereçamos a carga de nossos sentimentos. É indispensável modular a expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica...

E, ante a assembléia que lhe registrava os ensinamentos com justificável respeito, prosseguiu, depois de ligeiro intervalo:

— Nossa vida pode ser comparada a grande curso educativo, em cujas classes inumeráveis damos e recebemos, ajudamos e somos ajudados. A serenidade, em todas as circunstâncias, será sempre a nossa melhor conselheira, mas, em alguns aspectos de nossa luta, a indignação é necessária para marcar a nossa repulsa contra os atos deliberados de rebelião ante as Leis do Senhor. Essa elevada tensão de espírito, porém, nunca deve arrojar-se à violência e jamais deve perder a dignidade de que fomos investidos, recebendo da Divina Confiança a graça do conhecimento superior. Basta, dentro dela, a nossa abstenção dos atos que intimamente reprovamos, porque a nossa atitude é uma corrente de indução magnética. Em torno de nós, quem simpatiza conosco geralmente faz aquilo que nos vê fazer. Nosso exemplo, em razão disso, é um fulcro de atração. Precisamos, assim, de muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta do nosso mundo emotivo, a fim de que a nossa voz não se desmande em gritos selvagens ou em considerações cruéis que não passam de choques mortíferos que infligimos aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão a própria tarefa.

Um amigo que acompanhava os ensinamentos, com interesse invulgar, perguntou, respeitoso:

— Irmã Clara, como devemos interpretar as perturbações da voz, como, por exemplo, a gaguez e a diplofonia?

— Sem dúvida — informou a instrutora, solícita —, os órgãos vocais experimentam igualmente lutas e provações quando reclamam reajuste. Por intermédio da voz, praticamos vários delitos de tirania mental e, através dela, nos cabe reparar os débitos contraídos. As enfermidades dessa ordem compelem-nos ao trabalho de recuperação no silêncio, de vez que, sofrendo a alheia observação, aprendemos pouco a pouco a governar os próprios impulsos, afeiçoando-os ao bem.

A orientadora, que falava com absoluta simplicidade e à maneira de um anjo maternal dirigindo-se aos filhinhos, comentou, ainda por alguns minutos, o tema singular com surpreendente primor de definição.

Depois, finda a aula, permaneceram no belo domicílio tão somente algumas jovens que encontravam em nossa anfitriã desvelada benfeitora.

Do livro "Entre a Terra e o Céu", cap. 22, André Luiz, F.C.Xavier

SÓ O AMOR....

unirá os irmãos nos mesmos propósitos,


abrandará os corações mais aflitos,


trará a esperança aos menos afortunados,


transportará barreiras,


trará a serenidade e harmonia aos lares desajustados,


embalará os irmãos necessitados e humildes


deverá estar no coração dos homens de bem e de boa vontade.

Mensagem Recebida pelo Grupo de Estudos de Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis em 05/04/2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A LIÇÃO DO ESQUECIMENTO




A LIÇÃO DO ESQUECIMENTO
Emmanuel

Não fosse o olvido temporário que assegura o refazimento da alma, na reencarnação, segundo a misericórdia do Senhor que lhe orienta a reta justiça, decerto teríamos no mundo, ao invés da escola redentora, a jaula escura e extensa, onde os homens se converteriam em feras a se digladiarem indefinidamente.
Não fosse o dom do esquecimento que envolve o berço terrestre, o ódio viveria eternizado transformando a Terra em purgatório angustioso e terrível, onde nada mais faríamos que chorar e lamentar, acusar e gemer.
A Divina Bondade, contudo, em cada romagem do espírito no campo do mundo, confere-lhe no corpo físico o arado novo suscetível de valorizar-lhe a replantação do destino, no rumo do porvir.
De existência a existência, o Senhor vela-nos caridosamente a memória, a fim de que saibamos metamorfosear espinhos em flores e aversões em laços divinos.
O Pai, no entanto, com semelhante medida, não somente nos ampara com a providencial anestesia das chagas anteriores, em favor do nosso êxito em novos compromissos.
Com essa dádiva, Ele que nos reforma o empréstimo do ensejo de trabalho, de experiência à experiência, nos induz à verdadeira fraternidade, para o esquecimento de nossas recíprocas, dia à dia.
Aprendamos a olvidar as úlceras e as cicatrizes, as deformidades e os defeitos do irmão de jornada, se nos propomos efetivamente a avançar para diante, em busca de renovadores caminhos.
Cada dia é como que a “reencarnação da oportunidade”, em que nos cabe aprender com o bem, redimindo o passado e elevando o presente, para que o nosso futuro não mais se obscureça.
Nas tarefas de redenção, mais vale esquecer que lembrar, a fim de que saibamos mentalizar com segurança e eficiência a sublimação pessoal que nos cabe atingir.
O Senhor nos avaliza os débitos, para que possamos adquirir os recursos destinados ao nosso próprio reajustamento à frente da Lei.
Recordemos o exemplo do Céu, destruindo os resíduos de sombra que, em forma de lamentação e de queixas, emergem ainda à tona de nossa personalidade, derramando-se em angústia e doença, através do pensamento e da palavra, da voz e da atitude.
Exaltemos o bem, dilatemo-lo e consagremo-lo nos menores gestos e em nossas mínimas tarefas, a cada instante da vida, e, somente assim, aprenderemos com o Senhor a olvidar a noite do pretérito, no rumo da alvorada que nos espera no fulgor do amanhã.

(Do livro "Família", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

REENCARNAÇÃO E EDUCAÇÃO




REENCARNAÇÃO E EDUCAÇÃO

Chico Xavier: "Antecedendo as nossas tarefas espirituais, conversávamos – um grupo de amigos – sobre Reencarnação e Educação. Os companheiros traziam ao assunto aspectos diversos das modificações atuais na Terra, procurando relacionar os temas aludidos com a instrução em variados setores das atividades mundiais.
A troca de idéias seguia animada, quando o horário nos chamou para a reunião da noite. O Livro dos Espíritos nos ofereceu a exame a questão 208. Apreciações proveitosas foram feitas pelos companheiros. Por fim, o nosso caro Emmanuel escreveu a mensagem “Considerações no Plano Físico”.

CONSIDERAÇÕES NO PLANO FÍSICO
Emmanuel

Conscientes quanto ao caráter educativo e reeducativo da reencarnação, o empenho a menor esforço é sempre estranhável naqueles que amadureceram para a aceitação da verdade.

Afinal, que procuramos quando internados no berço terrestre?

Se tomamos o corpo físico, claramente sujeito a leis que o transformam incessantemente, a fim de que sejamos impulsionados à renovação, porque fugir das dificuldades que nos conduzem à percepção mais alta da vida?
Se estamos na espiritualidade – criaturas imortais que somos – na posição de consciências endividadas, ante as culpas adquiridas, renascendo no mundo para o necessário reajustamento, de que modo solucionar os problemas que se nos fazem característicos, se nos deixam atravessar a infância absolutamente entregues aos pendores infelizes, sob o pretexto de que devemos crescer livres?
Se nos achamos num corpo francamente desmontável, a qualquer hora, na feição de aprendizes transportando consigo a carteira de lições, no educandário em que provisoriamente se encontra, que proveito retirar dessa medida, se somos relegados aos próprios enganos, como barco à deriva?
Se abominamos o obstáculo, interpretando-o por instrumento de prova, como efetuar a aquisição das qualidades de que não prescindimos para o trabalho de elevação?
Se nos revoltamos contra as circunstâncias difíceis, como extrair delas o ensinamento e a providência que nos burilarão sentimentos e raciocínios para a Vida Superior?
Que liberdade de escolher teremos nós, se a válvula da responsabilidade não estiver controlando a nossa independência, já que a independência desorientada quase sempre nos leva à destruição?
Que espécie de direito nos favorecerá na justiça da vida, se menosprezarmos o dever que estabelece o merecimento?
Que gênero de existência surgirá para nós, se desertarmos da lição que melhora ou da disciplina que ajuda a construir?
Com semelhantes perguntas não buscamos louvar o chicote, exaltar a servidão, reviver a palmatória ou forjar novos grilhões para os nossos irmãos do mundo, mas sim procuramos ponderar com os amigos encarnados da Terra, quanto aos nossos impositivos de entendimento em nossas necessidades de educação.

(Do livro "Caminhos de Volta", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

A LENDA DO DINHEIRO




A LENDA DO DINHEIRO
Neio Lúcio

Conta-se que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.
Ninguém se animava a trabalhar.
Terra solta amontoava-se aqui e ali. Minerais variados estendiam-se ao léu. Águas estagnadas apareciam em toda parte.
O Divino Organizador pretendia erguer lares e templos, educandários e abrigos diversos, mas... com que braços?
Os homens e as mulheres da Terra, convidados ao suor da edificação por amor, respondiam: - "para quê?" E comiam frutos silvestres, perseguiam animais para devorá-los e dormiam sob as grandes árvores.
Após refletir muito, o Celeste Governador criou o dinheiro, adivinhando que as criaturas, presas da ignorância, se não sabiam agir por amor, operariam por ambição.
E assim aconteceu.
Tão logo surgiu o dinheiro, a comunidade fragmentou-se em pequenas e grandes facções, incentivando-se a produção de benefícios gerais e de valores imaginativos.
Apareceram candidatos a toda espécie de serviços.
O primeiro deles pediu ao Senhor permissão para fundar uma grande olaria. Outro requereu meios de pesquisar os minérios pesados de maneira a transformá-los em utensílios. Certo trabalhador suplicou recursos para aproveitamento de grandes áreas na exploração de cereais. Outro ainda implorou empréstimo para produzir fios, de modo a colaborar no aperfeiçoamento do vestuário. Servidores de várias procedências vieram e solicitaram auxílio financeiro destinado à criação de remédios.
O Senhor a todos atendeu com alegria.
Em breve, olarias e lavouras, teares rústicos e oficinas rudimentares se improvisaram aqui e acolá, desenvolvendo progresso amplo na inteligência e nas coisas.
Os homens, ansiosamente procurando o dinheiro, a fim de se tornarem mais destacados e poderosos entre si, trabalhavam sem descanso, produzindo tijolos, instrumentos agrícolas, máquinas, fios, óleos, alimento abundante, agasalho, calçados e inúmeras invenções de conforto, e, assim, a terra menos proveitosa foi removida, as pedras aproveitadas e os rios canalizados convenientemente para a irrigação; os frutos foram guardados em conserva preciosa; estradas foram traçadas de norte a sul, de leste a oeste e as águas receberam as primeiras embarcações.
Toda gente perseguia o dinheiro e guerreava pela posse dele.
Vendo, então, o Senhor que os homens produziam vantagens e prosperidade, no anseio de posse, considerou, satisfeito:
- Meus filhos da Terra não puderam servir por amor, em vista da deficiência que, por enquanto, lhes assinala a posição; todavia, o dinheiro estabelecera benéficas competições entre eles, em benefício da obra geral. Reterão provisoriamente os recursos que me pertencem e, com a sensação da propriedade, improvisarão todos os produtos materiais de que o aprimoramento do mundo necessita. Esta é a minha Lei de Empréstimo que permanecerá assentada no Céu. Cederei possibilidades a quantos mo pedirem, de acordo com as exigências do aproveitamento comum; todavia, cada beneficiário apresentar-me-á contas do que houver despendido, porque a Morte conduzi-los-á, um a um, à minha presença. Este decreto divino funcionará para cada pessoa, em particular, até que meus filhos, individualmente aprendam a servir por amor à felicidade geral, livres do grilhão que a posse institui.
Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde.

(Do livro "Alvorada Cristã", Neio Lúcio, Francisco C. Xavier)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ANTE O CÉU ESTRELADO




ANTE O CÉU ESTRELADO
Emmanuel

Senhor:
Ante o Céu Estrelado
Que nos revela a tua Grandeza
Deixa que nossos Corações se unam
À Prece das Coisas Simples...

Concede-nos, Pai,
A Compaixão das Árvores,
A Espontaneidade das Flores,
A Fidelidade da Erva Tenra,
A Perseverança das Águas
Que procuram o repouso nas Profundezas,
A Serenidade do Campo,
A Brandura do Vento Leve,
A Harmonia do Outeiro,
A Música do Vale,
A Confiança do Inseto Humilde,
O Espírito de Serviço da Terra Benfazeja,
Para que não estejamos recebendo,
Em vão, tuas dádivas, e para que o
Teu Amor resplandeça no Centro
De nossas Vidas, agora e sempre.
Assim Seja...

(Do livro "Antologia da Criança", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

Samaritana Ninfa Sol Áurea




Salve Deus.

Samaritana Ninfa Sol Áurea.

Encontra-se neste momento no Templo Mãe, exercendo com todo o Amor e Carinho, sua transcendência Missionária.

Mestre Luz Paulo Villas-Boas e a Ninfa Lua Alexandra, têm sido carinhosamente apoiados (também), por esta grande Samaritana.

Resta-nos a nós povo do Ministro Evalumo, agradecer-lhe e dizer-lhe que estamos com saudades. OBRIGADO NINFA SOL ÁUREA.

“QUEM BEBER DA ÁGUA QUE EU LHES DER NÃO MAIS TERÁ SEDE ETERNAMENTE”. DISSESTE, JESUS, E TUDO SE CLAREOU NAQUELE INSTANTE. HOJE ESTOU AQUI, COM - O - EM TI, JESUS QUERIDO. SALVE DEUS!

Novos Elevados

Salve Deus!



Cada Espada que se ergue... É mais uma esperança de Jesus.


Nossos parabéns!


Mestre Luz da Falange de Estrela Candente Paulo Villas-Boas


Ninfa Lua da Falange de Redenção Alexandra


Mestre Jorge Luis e Mestre Kazagrande

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

As Chaves da Vida




As Chaves da Vida

A vida é a melhor escola que conheço no meu universo inteiro. No fundo somos almas lançadas à terra com um bloco de notas à procura de nós mesmos e de Deus. O mal é que nem sempre somos os melhores alunos e trocamos o bloco de notas por coisas que só atrasam a nossa jornada... Mas a eternidade é meiga e nunca ninguém fica para traz nesta escola, essa é a maior beleza do universo que conheço.

Uma das lições mais importantes que tenho aprendido é que nós somos o nosso maior inimigo na luta pela felicidade. Perspectiva e atitude. Esta é a chave!

Perante os mesmos eventos, problemas e alegrias que o dia a dia evoca todos temos reacções diferentes. O que seria dramático para um ser humano pode ser indiferente para outro. Nem todos temos reacções de euforia perante as mesmas coisas. O que magoa uma pessoa pode não magoar outra. O problema que se levanta a um homem pode soar a um desafio interessante para outro. Etc... E outra infinidade de exemplos.

O que conduz a tamanha diferença nas reacções humanas? - A perspectiva com que olhamos as coisas e a atitude com que as recebemos. E daqui resulta a felicidade individual de cada um.

Há uma imensidão de maneiras diferentes de olhar o mundo e as coisas. Por exemplo, se batemos com o carro a caminho do emprego diferentes pessoas encaram o evento de diferentes formas. Umas acham que é um drama e começam a lançar azedumes aos céus. Outras respiram fundo de alívio e agradecem por não se terem magoado.

A culpa nunca está no mundo fora de nós, mas sim em nós mesmos! Esta é a ilusão que mais nos separa da felicidade. Quem se apercebe desta artimanha vive em harmonia com o universo e consigo mesmo. Quem não vê a culpa de suas infelicidades em si mesmo passa uma vida arrastando-se de desarmonia em desarmonia, penando e chorando aos céus esperando sempre uma solução milagrosa quando a solução só passa pela reformulação de seu próprio íntimo.

Como ensina a Prece de Sabá, "O conhecimento de que tudo é bom, libertou-me do mal". Tudo é bom no universo, mesmo o que nos perturba não passa senão de mais um passo no nosso crescimento ou no crescimento de alguém, não fora a vida uma escola onde a ordem divina nos cerca e nos guia. Se partirmos sempre deste ponto de partida será muito mais fácil conseguir ter as perspectivas certas em todos os momentos.

Esta lição está entre as mais importantes que a professora vida já me ensinou - perspectiva e atitude. Houve tempos em que me ficava pela revolta, em que ficava pela tristeza. Hoje aprendi a ver perspectivas em vez de uma perspectiva restrita e castradora, a reformular atitudes em vez de me algemar sempre à mesma, o que conduzia sempre ao mesmo resultado emocional. Acima de tudo, aprendi que tudo quanto me magoe, entristeça, desanime, reprima ou me deixe em baixo na vida, é de completa responsabilidade minha, sou o total culpado disso (mais ninguém, nem mesmo quem me possa magoar!), e mais do que olhar para o céu preciso de olhar primeiro para dentro de mim mesmo e mudar-me de modo a tornar-me mais tolerante, mais humilde, mais sábio e mais cheio de amor perante tudo aquilo que me possa perturbar.

Como me ensinou um poema de Fernando Pessoa - é só em ti, em ti, que a vida é bela e o amor sorri. Choremos menos e amemos mais.

(TEXTO ENVIADO PELO NOSSO IRMÃO, MESTRE PAULO JORGE)

domingo, 8 de agosto de 2010

FUTURO E NÓS

                                     
Cada noite, habitualmente, agradeces a Deus por mais um dia, e quase sempre, refletes no amanhã.

De quais ingredientes se nos formará o futuro?

Embora, em muitas ocasiões, os homens a procurem, no lado externo da existência, a resposta está sempre em nós mesmos.

À medida que se nos amplia a maturidade interior, reconhecemos que a evolução é um caminho em formação para o Alto, em nos reportando ao progresso do espírito.

Diariamente edificamos. E edificamos, em nós e por fora de nós, a cooperação que nos cabe no engrandecimento da vida.

Em vista disso, se nos propomos a encontrar o amanhã melhor, cogitemos disso hoje.

Comecemos, avaliando a importância de compreender e servir.

Esqueçamos ressentimentos e sombras, lembrando-nos de que a prática do amor é trabalho para todos os dias.

Não reclamemos dos outros aquilo que possamos fazer por nós mesmos.

Entendamos que os nossos problemas não são maiores do que muitas das dificuldades que afligem os semelhantes.

Melhoremos a nós próprios, a fim de que as nossas experiências se elevem.

Vejamos em cada criatura um mundo aparte e, por isso, aceitemos os nossos companheiros de caminho, tais quais são, sem exigir-lhes demonstrações de santidade ou grandeza.

Busquemos o trabalho constante, no bem de todos, por ação capaz de impulsionar-nos para diante, livrando-nos de fixações pessoais e grades de sombra.

E atentos ao valor do tempo, avancemos, sem nos marginalizarmos nas perturbações das horas vazias.

O nosso futuro está sendo articulado neste instante por nós mesmos.

Façamos agora o melhor ao nosso alcance, porque o amanhã para nós será sempre o nosso hoje passado a limpo...

Do livro "Algo Mais", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier

A TERRA

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.


Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo e girando em torno do Sol, podemos comparar as classes sociais que o habitam a grandes vagões de categorias diversas.

De quando em quando, permutamos lugar com os nossos vizinhos e companheiros.

Quem viaja em instalações de luxo volta a conhecer os bancos humildes em carros de condição inferior.

Quem segue nas acomodações singelas, ergue-se, depois, a situações invejáveis, alterando as experiências que lhe dizem respeito.

Temos aí o símbolo das reencarnações.

De corpo em corpo, como quem se utiliza de variadas vestiduras, peregrina o Espírito de existência em existência, buscando aquisições novas para o tesouro de amor e sabedoria que lhe constituirá divina garantia no campo da eternidade.

Podemos, ainda, filosoficamente, classificar o Planeta, com mais propriedade, tomando-o por nossa escola multimilenária.

Há muitos aprendizes que lhe ocupam as instalações, na expectativa inoperante, mas o tempo lhes cobra caro a ociosidade, separando-os, por fim, de paisagens e criaturas amadas ou relegando-os à paralisia ou à cristalização, em largos despenhadeiros de sombra.

Outros alunos indagam, dia e noite…e, com as perquirições viciosas, perdem os valores do tempo.

Imaginemos um educandário, em cuja intimidade comparecessem os discípulos de primária iniciação, exigindo retribuições e homenagens, antes de se confiarem ao estudo das primeiras lições.

O menino bisonho não poderia reclamar esclarecimentos, quanto à congregação que dirige a casa de ensino onde está recebendo as primeiras letras.

E, ante a grandeza infinita da vida que nos cerca, não passamos de crianças no conhecimento superior.

Vacilamos, tateamos e experimentamos, a fim de aprender e amealhar os recursos do Espírito.

Compete-nos, assim, tão-somente, um direito: – o direito de trabalhar e servir, obedecendo às disciplinas edificantes que a Sabedoria Perfeita nos oferece, através das variadas circunstâncias em que a nossa vida se movimenta.

Ninguém se engane, julgando mistificar a Natureza.

O trabalho é divina lei.Pesquisar indefinidamente, na maioria das vezes é disfarçar a preguiça intelectual.

A vida, porém, é ciosa dos seus segredos e somente responde com segurança aos que lhe batem à porta com o esforço incessante do trabalho que deseja para si a coroa resplandecente do apostolado no serviço.

(Do livro “Roteiro”, Emmanuel,Francisco Cândido Xavier)

FERMENTO VELHO

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.

Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.

Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.

Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.

Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram. Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.

Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.

Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.

Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.

(Do livro "Vinha de Luz ", Emmanuel, FCXavier)

NA TERRA

Na Terra, Deus nos concede o corpo, através de pais amigos.


Cada um de nós se lhe faz inquilino temporário em regime de responsabilidade.

Deus nos proporciona a riqueza das horas pela contabilidade do Tempo.

Cada criatura, em momento oportuno, apresentará o relatório dos próprios dias.

Deus nos oferta os laços afetivos pelos princípios da afinidade.

Podemos valorizá-los ou não, conforme o nosso próprio arbítrio.

Deus nos concede a propriedade, por intermédio das leis organizadas pelos próprios homens.

Daremos conta do usufruto respectivo.

Deus nos oferece as sementes pelos recursos da Natureza.

Plantio e colheita são sempre de nossa escolha.

Deus nos confia o dinheiro, através do trabalho ou da generosidade alheia.

Somos responsáveis pela aplicação da finança que nos seja creditada.

Deus nos habilita para a eficiência com máquinas diversas, por meio da própria inteligência humana.

Compete a nós outros a programação e a condução delas.

Em suma, toda criação e doação das vantagens de que dispomos procedem de Deus.

Entretanto, é justo reconhecer que todos os êxitos e problemas da utilização pertencem a nós.

(Do livro “Vida em Vida”, André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

A REFLEXÃO MENTAL

                                      

Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.

Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.

Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.

Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos.

Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros.

É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.

Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.

Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.

É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.

As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.

Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio. E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.

Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que refletimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenômeno da conexão.

Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.

Essa lei é inderrogável em todos s planos do Universo.

Os mundos no Espaço refletem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflete o alimento que lhe garante a vida. Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.

O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.

A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.

A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.

Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.

Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.

É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.

Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.

Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.

A atitude mental é que faz a diferença.

Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.

Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.

Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.

Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.

Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.

Todos temos fome de plenitude.

O desejo é o imã da vida.

Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.

Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.

(Do livro "Vozes do Grande Além", Alberto Seabra*, Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Novos Iniciados Componentes De Templo Evalumo


Salve Deus!

Meus queridos irmãos, componentes do Templo Evalumo.

Como duas pérolas que estão sendo lapidadas, pelo amor e bênção de nosso Pai Seta Branca, os nossos queridos irmãos, Mestre Doutrinador Paulo e a Ninfa Lua Alexandra, no dia 03/08/2010 fizeram a sua Iniciação Dharman Oxinto.

Em busca de suas realizações, vamos vibrar positivamente com estes dois nossos irmãos, (que se encontram do outro lado do atlântico, em solo sagrado, que é o templo mãe da nossa doutrina), a maior das felicidades.

Abençoados sejais para sempre, Mestre Paulo e Ninfa Alexandra.

"EU " CONTRA "EU"

Quando o Homem ainda jovem desejou cometer o primeiro desatino, aproximou-se o Bom Senso e observou-lhe.

- Detém-te! Por que te confias assim ao mal?

O interpelado, porém respondeu orgulhoso:

- Eu quero.

Passando, mais tarde, à condição de perdulário e adotando a extravagância e a loucura por normas de viver, apareceu a Ponderação e aconselhou-o:

- Para! Por que te consagras, desse modo, ao gasto inconseqüente?

Ele, contudo, esclareceu jactancioso:

- Eu posso.

Mais tarde, mobilizando os outros a serviço da própria insensatez, recebeu a visita da Humildade, que lhe rogou, piedosa:

- Reflete! Por que te não compadeces dos mais fracos e dos mais ignorantes?

O infeliz, todavia, redarguiu colérico.

- Eu mando.

Absorvendo imensos recursos, inutilmente, quando poderia beneficiar a coletividade, abeirou-se dele o Amor e pediu:

- Modifica-te! Sê caridoso! Como podes reter o rio das oportunidades sem socorrer o campo das necessidades alheias?

E o mísero informou:

- Eu ordeno.

Praticando atos condenáveis, que o levaram ao pelourinho da desaprovação pública, a Justiça acercou-se dele e recomendou?

- Não prossigas! Não te dói ferir tanta gente?

O infortunado, entretanto, acentuou implacável:

- Eu exijo.

E assim viveu o Homem, acreditando-se o centro do Universo, reclamando, oprimindo e dominando, sem ouvir as sugestões das virtudes que iluminam a Terra, até que, um dia, a Morte o procurou e lhe impôs a entrega do corpo físico.

O desditoso entendeu a gravidade do acontecimento, prosternou-se diante dela e considerou:

- Morte, por que me buscas?

- Eu quero-disse ela.

- Por que me constranges a aceitar-te? - gemeu triste.

- Eu posso-retrucou a visitante.

- Como podes atacar-me deste modo?

- Eu mando.

- Que poderes te movem?

- Eu ordeno.

- Defender-me-ei contra ti, - clamou o Homem, desesperado, - duelarei e receberás a minha maldição!...

Mas a Morte sorriu imperturbável, e afirmou:

- Eu exijo.

E, na luta do "eu", contra "eu", conduziu-o à casa da Verdade para maiores lições...

Do livro "Contos e Apólogos", Irmão X, Francisco C. Xavier