domingo, 28 de novembro de 2010

CONVERSANDO COM DEUS (5)




Sim, eu sei o que pedi.
E tendo pedido, receberá.
Agora, para simplificar as coisas, usarei o seu modelo mitológico dos filhos de Deus
como uma base para discussão, porque é um modelo com o qual está acostumado - e que de
muitos modos não está muito distante da realidade.
Então vamos voltar a como esse processo de autoconhecimento deve funcionar.
Há um modo pelo qual Eu podia ter feito todos os Meus filhos espirituais se conhecerem
como partes de Mim: simplesmente dizer-lhes o que eram. Isso eu fiz. Mas não foi
suficiente para o Espírito simplesmente conhecer a Si mesmo como Deus, ou parte de Deus,
ou filho de Deus, ou herdeiro do Reino (ou o que afirme qualquer mitologia que queiram
usar).
Como já expliquei, saber algo e experimentá-lo são duas situações diferentes. O Espírito
ansiava por conhecer-se experimentalmente (como Eu fiz!). A consciência conceitual não
foi suficiente para vocês. Então Eu elaborei um plano. É a idéia mais extraordinária em
todo o universo - e a colaboração mais espetacular. Digo colaboração porque todos vocês
estão participando disso Comigo.
Segundo o plano, vocês como espíritos puros entrariam no universo físico recém-criado.
Isso porque a materialidade é o único modo de saber experimentalmente o que se sabe
conceitualmente. De fato, esse é o motivo pelo qual eu criei primeiramente o universo
físico, e o sistema de relatividade que o governa, e tudo que existe.
Uma vez no universo físico vocês, Meus filhos espirituais, podiam experimentar o que
sabiam sobre si mesmos; mas primeiro tinham de conhecer o oposto. Explicando isso de
um modo simplista, vocês não podem saber que são altos, se não souberem o que é ser
baixo. Não podem experimentar a parte de si mesmos que chamam de gorda, se não
souberem o que é ser magro.
Seguindo a lógica primária, vocês só podem experimentar a si mesmos como o que são
quando se deparam com o que não são. É essa a finalidade da teoria da relatividade, e de
toda a vida física. É de acordo com os que não são que vocês se definem.
Agora no caso do conhecimento primário - de se conhecerem como o Criador- vocês só
podem experimentar a si mesmos como o Criador quando criam. E só podem criar a si
mesmos quando se destroem. Em certo sentido, primeiro têm de "não ser" para ser. Está
entendendo?
Eu acho que...
Preste atenção.
É claro que não há como vocês não serem quem e o que são simplesmente são isso
(espírito puro e criativo), sempre foram e sempre serão. Então vocês fizeram a melhor rota
a seguir. Obrigaram-se a esquecer Quem Realmente São.
Ao entrarem no universo físico, renunciaram à lembrança de si mesmos. Isso lhes
permite escolher ser Quem São, em vez de apenas, por assim dizer, acordar no castelo.
É no ato de escolher ser - em vez de simplesmente ser-lhes dito que são - uma parte de
Deus que vocês se experimentam como sendo por livre escolha, o que é, por definição,
Deus. Contudo, como podem ter uma escolha em relação a algo para o que não há escolha?
Vocês não podem não ser Meus filhos, por mais que tentem - mas podem esquecer.
Vocês são, sempre foram e sempre serão, uma porte divino do todo divino, um membro
do corpo. É por isso que o ato de reincorporar-se ao todo, de voltar para Deus, é chamado
de lembrança. Vocês de fato escolhem lembrar Quem Realmente São, ou unir-se às suas
várias partes para experimentar o seu todo, ou seja, Tudo de Mim.
Portanto, sua função na Terra não é aprender (porque já sobem), mas sim lembrar-se de
Quem São; e de quem todas as outras pessoas são. É por isso que uma grande parte de sua
função é lembrar aos outros (isto é, relembrar), para que também possam lembrar-se.
Todos os maravilhosos mestres espirituais têm feito justamente isso. Esse é o seu único
objetivo. Ou seja, o objetivo da suo olmo.
Meu Deus, isso é muito simples - e também... simétrico. Quero dizer, tudo subitamente
se encaixa! Agora vejo uma imagem que nunca havia reconhecido.
Bom. Isso é bom. Esse é o objetivo deste diálogo. Você Me pediu respostas. Eu lhe
prometi que as daria.
Você fará deste diálogo um livro, e levará os Minhas palavras para muitos pessoas. Isso é
porte do seu trabalho. Agora você tem muitas perguntas a fazer a respeito da vida. Aqui nós
lançamos a base, Vamos a essas outras perguntas. E não se preocupe, Se até aqui há algo
que não compreendeu bem, ficará claro dentro em breve.
Tenho tantas dúvidas! Há tantas perguntas que quero fazer! Acho que deveria começar
pelas principais, as óbvias.
Como por exemplo, por que o mundo se encontra nas condições atuais?
De todas as perguntas que o homem já fez a Mim, essa é a que fez mais vezes, desde o
início dos tempos. Desde o primeiro momento vocês quiseram saber: Por que tem de ser
assim?
A forma clássica de fazê-la geralmente é algo como: Se Deus é perfeito e ama a todos,
por que criaria as pestes e a fome, as guerras e doenças, os terremotos, tornados, furacões e
todos os desastres naturais, as grandes desilusões pessoais e calamidades mundiais?
A resposta para essa pergunta está no maior mistério do universo e no significado mais
importante da vida.
Eu não demonstro a Minha bondade criando apenas o que chamam de perfeição ao seu
redor. Não demonstro o Meu amor sem permitir-lhes demonstrar o seu.
Como já expliquei, não se pode demonstrar amor enquanto não!
se demonstra o não-amor. Uma coisa não pode existir sem o seu oposto, exceto na esfera do
absoluto. Porém, essa esfera não foi suficiente para vocês ou para Mim. Eu existia lá, na
eternidade, que é de onde vocês também vieram.
No absoluto não existe experiência, há apenas conhecimento. O conhecimento é um
estado divino, mas a maior alegria está em ser.
Só se consegue ser depois da experiência. A evolução é esta: conhecimento, experiência,
ser. Essa é a Santíssima Trindade, que é Deus.
Deus-Pai é conhecimento, o pai de todo o saber, o criador de todas as experiências,
porque não se pode experimentar aquilo que não se conhece.
Deus-Filho é experiência, a encarnação de tudo que o Pai sabe sobre Ele Mesmo, porque
não se pode ser o que não se experimentou.
Deus-Espírito Santo é ser, a desencarnação de tudo que o Filho experimentou Dele
Mesmo; o simples e belo ato de ser, possível apenas através da lembrança do conhecimento
e da experiência.
Esse simples ato de ser é beatitude celeste. É um estado de Deus, depois de conhecer e
experimentar a Ele Mesmo. É aquilo pelo que Deus ansiou no início.
É claro que você já passou do ponto em que Eu precisaria explicar-lhe que as descrições
de pai e filho não têm nada a ver com gênero. Uso aqui a linguagem pictórica de seus livros
sagrados mais recentes. Muito antes, os escritos sagrados colocaram essa metáfora em um
contexto mãe-filha. Nenhum deles está correto. Sua mente pode entender melhor o
relacionamento como criador-criatura, ou o-que-dá-origem-a, e o-que-se-origina.
Acrescentar a terceira parte da Trindade produz esse relacionamento: o que dá origem a/o
que se origina/o que é.
Essa realidade trina é a "assinatura" de Deus, o modelo divino.
O três-em-um é encontrado em toda a parte nas esferas do sublime.
Vocês não podem escapar disso ao lidarem com questões relativas a tempo e espaço, Deus
e consciência, ou qualquer um dos relacionamentos superiores. Por outro lado, não
encontrarão a Verdade Trina em nenhum dos relacionamentos inferiores da vida.
A Verdade Trina é reconhecida nos relacionamentos superiores da vida por todos que os
têm. Alguns de seus religiosos descreveram a Verdade Trina como Pai, Filho e Espírito
Santo. Alguns de seus psiquiatras usam os termos superconsciente*, consciente e
subconsciente. Alguns de seus espiritualistas dizem energia, matéria e espaço celeste.
Alguns de seus filósofos dizem que uma coisa só é verdadeira quando o é em pensamentos,
palavras e atos. Quando discutem o tempo, vocês falam apenas de três tempos: passado,
presente e futuro. De igual modo, há três momentos em sua percepção: antes, agora e
depois. Em termos de relacionamentos espaciais, considerando os pontos no universo ou
vários pontos em seu próprio espaço, vocês reconhecem aqui, lá e o espaço no meio.

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