domingo, 21 de novembro de 2010

CONVERSANDO COM DEUS (4)




A vida não é uma escola?
Não.
Então por que estamos aqui?
Para lembrar e recriar Quem São.
Eu lhes disse repetidamente. Vocês não acreditam em Mim. Contudo, isso se justifica,
porque de fato, se não criarem a si próprios como Quem São, não poderão ser assim.
Estou confuso. Vamos voltar um pouco a essa escola. Ouvi mestre após mestre dizer que
a vida é uma escola. Fico realmente surpreso ao ouvir o Senhor negar isso.
A escola é um lugar para onde você vai se há algo que não sabe e deseja saber. Não é um
lugar para onde vai se já sabe uma coisa e deseja apenas experimentar o seu conhecimento.
A vida (como a chamo) é uma oportunidade de você saber experimentalmente o que já
sabe conceitua/mente. Não precisa aprender coisa alguma para fazer isso. Preciso apenas
lembrar do que já sobe, e agir de acordo com esse conhecimento.
Não sei se entendi bem.
Vamos começar aqui. A alma - sua olmo - sabe tudo que há para saber o tempo todo.
Nada é misterioso ou desconhecido para elo. Contudo, saber não é o suficiente. A alma
procura experimentar.
Você pode saber ser generoso, mos o menos que faço algo que demonstre o suo
generosidade, terá apenas um conceito. Pode saber ser bondoso, mas a menos que seja
bondoso com alguém, só terá uma idéio a respeito de si mesmo.
É desejo de sua alma transformar o seu melhor conceito sobre si mesmo em sua melhor
experiência. Enquanto o conceito não se torna experiência, tudo que há é especulação. Eu
especulo a respeito de Mim Mesmo há muito tempo. Há mais tempo do que Eu e você
juntos poderíamos nos lembrar, do que a idade deste universo multiplicada por dois. Então
você vê o quanto é nova a Minha experiência de Mim Mesmo.
O Senhor me deixou confuso de novo. A experiência de Si Mesmo?
Sim. Deixe-me explicar:
No início, o que É era tudo que havia. Porém, Tudo Que É não podia conhecer-se -
porque não havia mais coisa alguma. E então, Tudo Que É... não era. Porque, na ausência
de outra coisa, Tudo Que É não é.
Esse é o grande Ser ou Não Ser a que os místicos se referem desde o início dos tempos.
Tudo Que É sabia que era tudo que existia - mas isso não era suficiente, porque só podia
conhecer a sua total magnificência conceitua/mente, não experimentalmente. Contudo, a
experiência de Si Mesmo era aquilo pelo que ansiava, porque desejava saber como era ser
tão magnificente. Mas isso era impossível, porque o próprio termo "magnificente" é um
termo relativo. Tudo Que É só poderia saber como era ser magnificente, quando o que não
é surgisse. Na ausência do que não é, o que É não é.
Você compreende isso?
Acho que sim. Continue.
Está bem.
A única coisa que Tudo Que É sabia é que nada mais havia. Portanto, nunca poderia
conhecer a Si Mesmo a partir de um ponto de referência externo. Esse ponto não existia. Só
existia um ponto de referência, que era interno. O "É-Não É". O Sou-Não Sou.
Mas o Tudo de Tudo decidiu conhecer-se experimentalmente.
Essa energia - pura, não-vista, não-ouvida, não-observada e portanto desconhecida por
qualquer outra energia - decidiu experimentar a Si Própria em toda a sua magnificência.
Para fazer isso, percebeu que teria de usar um ponto de referência interno.
Deduziu bastante corretamente que qualquer parte de si própria teria necessariamente de
ser menos do que o todo, e que se simplesmente se dividisse em partes, cada uma delas,
sendo menos do que o todo, poderia olhar para o restante e ver magnificência.
E então Tudo Que É dividiu-se - tornando-se, em um momento glorioso, o que é isto, e o
que é aquilo. Pela primeira vez, existiram isto e aquilo, bem separados um do outro, e ainda
assim, simultaneamente. Como tudo que não era nem um nem outro.
Portanto existiram subitamente três elementos: o que está aqui, o que está lá, e o que não
está aqui nem lá - mas que devia existir para que lá e aqui existissem.
É o nada que contém o tudo. É o não-espaço que contém o espaço. É o todo que contém
as partes.
Consegue compreender isso?
Acho que sim. Acredite ou não, o Senhor usou uma ilustração tão clara que acho que
estou realmente compreendendo.
Vou continuar. Agora esse nada que contém o tudo é o que algumas pessoas chamam de
Deus. Porém, isso também não é exato, porque sugere que há algo que Deus não é - a saber,
tudo que não é "nada". Mas Eu sou Todas as Coisas - visíveis e invisíveis por isso essa
descrição de Mim como o Grande Invisível - o Nada, ou o Espaço no Meio, uma definição
mística de Deus essencialmente oriental, não é mais exata do que a descrição prática de
Deus essencialmente ocidental como tudo que é visível. As pessoas que acreditam que
Deus é Tudo Que É e Tudo Que Não É são aquelas cuja compreensão é correta.
Criando o que é "aqui" e o que é "lá", Deus tornou possível conhecer a Si Mesmo. No
momento dessa grande explosão interior, criou a relatividade - a maior dádiva que Ele já
deu a Si Mesmo. Portanto, o relacionamento é a maior Dádiva que Ele já deu a vocês, um
ponto a ser discutido detalhadamente mais tarde.
Portanto, do Nada surgiu o Tudo - um evento espiritual perfeitamente compatível com o
que os seus cientistas chamam de Teoria da Grande Explosão.
Quando todos os elementos se precipitaram para frente, o tempo foi criado, porque
primeiro uma coisa estava aquI, e depois lá e o período que havia demorado para ir daqui
para lá era mensurável.
Assim como as partes visíveis do Tudo Que É começaram a se definir "relativamente"
umas às outras, as invisíveis também se definiram.
Deus sabia que para o amor existir - e conhecer-se como amor puro - seu exato oposto
também tinha de existir. Por isso, Ele criou voluntariamente a grande polaridade ----, o
oposto absoluto do amor - tudo que o amor não é - o que agora é chamado de medo. No
momento em que o medo existiu, o amor pôde existir como algo que podia ser
experimentado.
É a essa criação da dualidade entre o amor e o seu oposto que os seres humanos se
referem em suas várias mitologias como o aparecimento do mal, a desgraça de Adão, a
rebelião de Satanás e assim por diante.
Do mesmo modo como vocês escolheram personificar o amor puro como aquele a quem
chamam de Deus, escolheram personificar o medo abjeto como aquele a quem chamam de
demônio.
Algumas pessoas na Terra criaram mitologias bastante elaboradas em torno desse evento,
cheias de cenários de lutas e guerra, anjos guerreiros e demônios, as forças do bem e do
mal, da luz e das trevas.
Essa mitologia foi a primeira tentativa da humanidade de compreender, e contar às outras
pessoas de um modo que pudessem compreender, uma ocorrência cósmica da qual a alma
humana está muito consciente, mas que a mente mal pode conceber.
Criando o universo como uma versão dividida de Si Mesmo, Deus produziu, a partir de
pura energia, tudo que agora existe visível e invisível.
Em outras palavras, não foi só o universo físico que foi criado, como também o universo
metafísico. A parte de Deus que forma a segunda metade da equação Sou/Não Sou também
explodiu em um número infinito de unidades menores do que o todo. Essas unidades de
energia vocês chamariam de espíritos.
Em algumas de suas mitologias religiosas é dito que "Deus-Pai" tem muitos filhos
espirituais. Esse paralelo com as experiências humanas da vida se multiplicando parece ser
o único modo de fazer as massas aceitarem como realidade a idéia do súbito aparecimento,
da súbita existência de inúmeros espíritos no "Reino do Céu".
Nesse caso, seus mitos e suas histórias não estão tão longe da realidade suprema - porque
os inúmeros espíritos que formam a totalidade de Mim são, em um sentido cósmico, Meus
filhos.
Meu propósito divino ao Me dividir foi criar partes suficientes de Mim para poder
conhecer a Mim Mesmo experimentalmente. Há apenas uma forma do Criador conhecer-se
experimentalmente como tal, e essa forma é criar. E então Eu dei às inúmeras partes de
Mim (a todos os meus filhos espirituais) o mesmo poder de criar que Eu tenho como o
todo.
Isso é o que as suas religiões querem dizer quando afirmam que vocês foram criados "à
imagem e semelhança de Deus". Isso não significa, como alguns sugeriram, que nossos
corpos físicos se assemelham (embora Eu possa adotar qualquer forma física que escolher
para um objetivo particular). Significa que nossa essência é a mesma. Somos feitos da
mesma essência. SOMOS a "mesma essência"!
Com as mesmas propriedades e habilidades - inclusive a habilidade de criar a realidade
física a partir do nada.
Meu objetivo ao criá-los, Meus filhos espirituais, foi conhecer a Mim Mesmo como
Deus. Só posso fazer isso através de vocês. Portanto, pode-se dizer (como foi dito muitas
vezes) que o Meu objetivo é que vocês se conheçam como Eu.
Isso parece muito simples, mas se torna muito complexo - porque só há um modo de
vocês se conhecerem como Eu: primeiro se conhecerem como não Eu.
Agora deixe-me explicar isso - tente entender - porque a partir daqui é mais difícil. Está
pronto?
Acho que sim.
Bom. Lembre-se de que pediu esta explicação. Espera por ela há anos. Pediu-a em
termos leigos, não através de doutrinas teológicas ou teorias científicas.

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