terça-feira, 8 de junho de 2010

JESUS, O PÃO DA VIDA (6; 22-40)

No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do mar notou que ali não havia senão um pequeno barco e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos, tendo estes partido sós. Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão tendo o Senhor dado graças. Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura.

E tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?

Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.

Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?

Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado.

Então lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.

Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.

Então lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede! Porém, eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade e, sim, a vontade daquele que me enviou.

E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

Jesus omite, para se resguardar, o fato de ter atravessado o mar andando sobre as águas e não de barco, sendo a sua resposta uma lição sobre sua missão. Completando o quadro da multiplicação dos pães e peixes, o Divino Mestre fala do alimento da alma, mais importante do que o do corpo físico, relembrando a origem divina do maná que alimentou Moisés e seu povo, bem como de sua própria natureza ao afirmar: “Eu sou o pão da Vida!”.

Com todo o amor e humildade, Jesus declara que veio à Terra para cumprir não a sua vontade, mas, sim, a do Pai Celestial. Com o poder do amor e da caridade, o Homem consegue alimentar sua alma, mantendo-se na Nova Estrada, recebendo o pão de Deus que sacia a fome do espírito e aplacando sua sede com o fluido divino que recebe por sua fé no Caminheiro.

Seguindo os passos de Jesus, pela evolução de sua mente e conseqüente desenvolvimento de seu espírito, conhecendo e praticando a Doutrina Crística, preocupando-se em manter suas ações e vibrações dentro da correta conduta doutrinária, o Jaguar é abastecido com o “pão da Vida”, e jamais terá fome ou sede das coisas materiais, aprendendo a lidar com suas provações, tanto no campo material como no moral ou intelectual, delas retirando maiores ensinamentos que lhe facilitarão sua verdadeira missão.

Vamos recordar o que disse Jesus sobre os que viram os fenômenos e não acreditaram em sua missão divina. Temos visto e vivido muitas coisas em nossos trabalhos na Lei do Auxílio, e não podemos nos deixar enganar pela falsa modéstia ou pela vaidade.

Tudo o que fazemos, não somos nós que fazemos – é a vontade de Deus que se manifesta através de nós, e só nos resta agradecer por podermos ser instrumentos dessa força divina. Devemos buscar o desenvolvimento de nossos espíritos trilhando com consciência a Nova Estrada, amando e ajudando, em todos os momentos, aqueles que são colocados em nosso caminho, para que possamos ressuscitar, isto é, que nossos espíritos possam se libertar das reencarnações nos corpos materiais, enfrentando as dificuldades e as dores tão numerosas neste plano físico.

A Doutrina do Amanhecer é uma trilha de Luz, na sua simplicidade na aplicação, da forma mais pura, do amor, da tolerância e da humildade, dando a cada um de nós a possibilidade de não se perder, de não se afastar de Jesus.

O Jaguar é aquele que, com os olhos do espírito, “viu” Jesus e acreditou nele, e, pela dedicação em seu trabalho, com consciência e conhecimento, está conquistando a vida eterna e certamente ressuscitará no último dia.

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