sexta-feira, 11 de junho de 2010

JESUS DEFENDE A SUA MISSÃO E AUTORIDADE

De outra feita lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir. Então diziam os judeus: Terá ele acaso a intenção de suicidar-se? Porque diz: Para onde eu vou vós não podeis ir. E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque se não crerdes o que eu sou morrereis nos vossos pecados. Então lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: O que é que desde o princípio vos tenho dito? Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém, aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo. Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Ditas estas coisas, muitos creram nele. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhe Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai. Então lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas, agora, procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus e aqui estou ; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhes eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse de fato vosso pai, certamente me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de moto próprio, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, porque razão não me credes? Quem é de Deus, ouve as palavras de Deus; por isso não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura não temos razão em dizer que és samaritano e tens o demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio, pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra não verá a morte, eternamente. Disseram-lhe os judeus: Agora estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra não provará a morte, eternamente. És maior do que nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus. Entretanto vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós, mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia; viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste a Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo.

Jesus fala dos planos espirituais, e sabemos da impossibilidade de espíritos mais atrasados poderem alcançar planos superiores. Para isso é necessário o desenvolvimento, a evolução através das reencarnações, para que cada espírito consiga melhorar suas próprias condições. Sabemos da grandeza do plano celestial onde Jesus e outros espíritos Iluminados habitam, inacessível a todos nós que, na Terra, estamos buscando nossa evolução. Novamente a ignorância faz com que os judeus se perguntem se Jesus cometeria suicídio, pois, na crença hebraica, este ato levaria à destruição do espírito e à sua desintegração, o que impediria que alguém o seguisse. Ainda não havia condições de serem disseminadas idéias sobre os planos espirituais, pela pouca compreensão daquelas mentes, de modo que Jesus apenas declarou que os judeus eram de um plano baixo, enquanto ele estava em um bem alto, o que os impediria de seguí-lo. Os homens ali reunidos eram deste mundo, mas Jesus não era deste mundo, e, sim, vindo do plano celestial, enviado por seu Pai – o nosso Pai Celestial – para o cumprimento de uma missão de fé que iria libertar a humanidade de sua ignorância e de seu desamor pela força poderosa dos exemplos de caridade, de misericórdia e de humildade, tolerância e amor. Mais uma vez Jesus declara que quem não acreditar que ele seja um enviado de Deus, que veio para ensinar o verdadeiro caminho da vida, e que não seguir seus passos como Caminheiro da Nova Estrada, morrerá em falta, em pecado, permanecendo no Vale das Sombras após o desencarne, porque desconheceu a Luz e permaneceu nas Trevas. Por isso Jesus, para responder à pergunta dos judeus sobre quem ele era, declara que é o princípio, isto é, o início de uma Nova Era para a humanidade, trazendo a palavra viva do Pai para a remissão dos espíritos da Terra. Muito havia a dizer do Homem e muitos motivos para sua condenação, mas essa não era a questão. Na misericórdia de Deus Pai Todo Poderoso, fora seu filho enviado para trazer a Verdade e mostrar o caminho da evolução do espírito. Ensinar e não condenar, eis a missão do Mestre. Também é o exemplo para a missão do Jaguar, que deve abster-se dos julgamentos e conflitos, levando sempre a paz, a serenidade e a esperança por onde passar. Não importa o que foi feito, o que foi dito, o que foi vivido. Interessa, somente, a modificação dos espíritos pela compreensão das palavras de Jesus, o conhecimento da Doutrina Crística e aprendizado das Leis do Amanhecer para que possamos aceitar e acompanhar os passos do Divino Mestre. Não vamos fazer como naquela era, quando só entendemos a natureza divina de Jesus após tê-lo levantado em uma cruz, após infligir-lhe terríveis sofrimentos. Pela dedicação à Lei do Auxílio, pelo conhecimento crescente da manipulação de forças e dos significados de cada detalhe da Doutrina do Amanhecer, permaneceremos na palavra de Jesus e seremos realmente seus discípulos. Conheceremos a Verdade, e isto nos tornará livres, sem preconceitos, sem julgamentos, sem ódios nem vinganças, podendo agir livremente nos trabalhos, onde quer que sejam necessários -– no Templo, no lar, na rua, numa condução, enfim, onde estivermos – e assim nos tornarmos verdadeiras espadas de Luz a brilhar por todo este universo. Vamos levar a Verdade a cada partícula de nosso ser, de nossa mente, de nosso coração, nos libertando da matéria e dos enganos, evoluindo nosso espírito pelo merecimento de nossos trabalhos e pelo reajuste, feito com muito amor, dos espíritos que foram colocados junto a nós, pela nossa própria vontade expressa em nossos planos reencarnatórios. Os judeus se orgulhavam da condição de filhos de Abraão, que nunca foram escravos de ninguém. Essa visão demonstra o quanto aqueles espíritos estavam distantes da compreensão de tudo o que Jesus lhes trazia. Libertar-se das forças do Mal, porque quem pratica o Mal torna-se escravo do Mal, é o que o Mestre queria explicar. Mas aceitando a palavra do filho de Deus, que governa e julga o nosso plano, o nosso planeta, os espíritos conseguem sua verdadeira libertação, em muitos casos não mais tendo a necessidade de retornarem, em nova reencarnação, para essa prisão de um corpo físico. Instigados pelas palavras de Jesus, os judeus se dizem verdadeiros filhos de Abraão, ao que o Mestre respondeu fazendo com que vissem que jamais Abraão concordaria com a condenação de um filho de Deus. Na verdade, eles estavam se comportando como filhos do diabo, e este, sim, o pai a quem queriam agradar e defender. Matar Jesus seria preservar a obra do Mal e atender àquele que era o pai da mentira. O Mestre, pregador da Verdade e do Amor, não conseguia penetrar naquelas mentes escravizadas pelo Mal. Trazia todo aquele conhecimento do que havia junto ao Pai Celestial para iluminar a humanidade, e não era entendido e nem acreditavam no que dizia. Queriam matá-lo para provar a sua natureza humana e não divina, assim anulando tudo o que o Mestre havia feito e pregado. Preferiam permanecer no Mal, falindo e se perdendo por fazerem as obras do pai – não Abraão, mas o demônio – e tornavam-se impermeáveis às idéias de tudo o quanto Jesus buscava trazer-lhes. Ofenderam o Mestre, chamando-o de samaritano, o que para eles era um termo desprezível e injurioso, e disseram que Jesus, sim, era filho do demônio e falava pelas forças do Mal. Até hoje, através dos séculos, vemos esse tipo de acusação ser feito por aqueles que se colocam contra as forças do Bem: a serviço do demônio. Outras religiões atacam o Vale do Amanhecer com a mesma intenção de denegrir nosso trabalho, asseverando que trabalhamos com forças do Mal. Em que pese nossa preocupação em não entrarmos nesse tipo de discussão, sempre afirmamos que não somos os donos da Verdade, e que buscamos, sim, caminhar na Nova Estrada, seguindo os passos do Mestre, com a certeza de que ainda estamos muito distantes de verdadeiros discípulos, mas conscientes de que aplicamos em toda a plenitude, nossa capacidade de auxilio aos espíritos encarnados e desencarnados, obedecendo às leis e ensinamentos que nos foram trazidos através de nossa Mãe Clarividente. Aprendemos a amar ao anjo e ao demônio com a mesma intensidade, mas sabendo diferenciar as duas forças. Dentro da Lei do Auxílio, conseguimos abrandar o ódio de um espírito, tirando-o das Trevas e abrindo as portas de planos iluminados para sua recuperação. Sem violência, sem ódio, sem julgamentos, vamos modificando a difícil trajetória de um espírito atrasado, raivoso, violento, e com muitas vibrações positivas e inundando-o com o ectoplasma de uma doutrinação, conseguimos libertá-lo das veredas sombrias e ajudar à Espiritualidade de Luz em sua elevação para as casas transitórias, onde irá se recuperando de seus traumas e fraquezas, até saber distinguir a Luz da Verdade e aceitar a Doutrina de Jesus, libertando-se das Trevas. Ora, essa é a mesma situação que viveu Jesus. Trazia a Luz, e o acusaram de ser filho do demônio. Nós, Jaguares, tendo a missão de ajudar a recuperação de espíritos, também somos vistos como elementos demoníacos. A verdade é que, da mesma forma como Jesus escolheu seus discípulos e estabeleceu suas missões, tivemos essa grandiosa oportunidade de sermos instruídos e abençoados pela Espiritualidade Maior para a continuação dessa obra desobsessiva e curadora, obedecendo ao Sistema Crístico de forma direta e total. A situação de confronto com as forças do Mundo das Sombras nos persegue e nos testa, a cada momento de nossas vidas. Temos que estar preparados para esses desafios, mantendo positivas nossas vibrações e ignorando agressões e desafios de espíritos obsidiados que buscam nos aniquilar. Lembremos Jesus nos dizendo: Aquele que guardar a minha palavra jamais morrerá! Isto é, seguindo o caminho do Mestre, jamais ficaremos parados ou inertes, mortos. Iremos progredir sempre. Jesus nos dá mais uma lição de humildade ao declarar que tudo vem do Pai, por seu intermédio. Ele nada mais é senão o enviado do Pai e tudo quanto faz é por ordem do Pai. E causou espanto e fúria nos judeus quando falou da alegria do espírito de Abraão ao vê-lo assumindo a missão de resgatar aqueles seus filhos das forças do Mal. Isso foi demais para ser entendido por aqueles espíritos ainda rudes, que se dispuseram a apedrejar o Mestre, mas não o fizeram por ter Jesus conseguido se esconder e fugir do local. Não compreendiam que quando Abraão surgiu, Jesus já existia nos elevados planos dos espíritos iluminados, e que as palavras de Abraão haviam sido modificadas, adulteradas por filhos das Trevas, para que aquele povo se perdesse no Vale das Sombras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário