sexta-feira, 25 de junho de 2010

EVELINA

EVELINA - Rogando proteção à mãezinha desencarnada, em comovente prece refratada, a adolescente dá início à ação de Clarêncio, André Luiz e Hilário, no socorro ao lar de Zulmira. Dona de nobre e generoso coração, trabalha com afinco pela felicidade do pai e da madrasta. É elevada, espiritualmente, igualando-se, entre os encarnados, apenas à Antonina.

TRECHO DO LIVRO "ENTRE A TERRA E O CÉU": - Mas, que vem a ser uma oração refratada? — indagou Hilário a Clarêncio.

— A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo.

— Irmã — disse Clarêncio, preciso, dirigindo-se à assistente Eulália —, este gráfico registra aflitivo apelo de Evelina, cuja volta ao aprendizado na carne foi garantida por nossa organização. Parece-me estar a pobrezinha em extremas dificuldades...

— Sim — concordou a interpelada —, Evelina, apesar da fragilidade do novo corpo, vem sustentando imensa luta moral. O pai, sobrecarregado de questões íntimas, tem a saúde periclitante e a madrasta vem sofrendo obstinada perseguição, por parte de nossa desventurada Odila.

— A genitora de Evelina?

— Sim, ela mesma. Ainda não se resignou a perder a primazia feminina no lar. E Evelina, depois de perder o maninho em trágicas circunstâncias, acha-se desorientada, entre o genitor aflito e a segunda mãe, em desespero... Ainda anteontem, pude vê-la. Chorava, comovedoramente, diante da fotografia da mãezinha desencarnada, suplicando-lhe proteção. Odila, porém, envolvida nas teias das próprias criações mentais, não se mostra capaz de corresponder à confiança e à ternura da menina. Ela, entretanto, tem insistido com tal vigor na obtenção de socorro espiritual que as suas rogativas, quebrando a direção, chegam até aqui...

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