terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Evangelho para crianças (6)





A PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO

(Mateus, capítulo 13º, versículos 24 a 30, e 36 a 43)

Um semeador, durante todo o dia, semeou grãos de trigo no seu campo.

Ao por do sol voltou para casa, cansado, mas, feliz por haver realizado sua missão de trabalho. Semeara trigo e estava contente porque aquele trigo seria, em breve, transformado em pão, para alimento de muita gente.

Porém, esse homem tinha um inimigo que invejava suas plantações. O inimigo era mau e queria, a todo custo prejudicar as sementeiras do fazendeiro.

“Que farei?” — pensava o inimigo. E teve a ideia maldosa de semear pequenas pedras no campo de trigo; mas, poderiam ser retiradas e seu ódio não ficaria satisfeito. Resolveu, então, semear joio onde o trigo havia sido semeado. Foi esse o plano maldoso do inimigo do semeador.

O joio é uma planta muito parecida com o trigo, mas, não serve para a alimentação do homem, podendo até envenená-lo. Eis porque o inimigo do fa-zendeiro quis fazer a mistura do joio com o trigo no campo, visando prejudicar a colheita e causar males aos que se alimentassem do produto daquele campo.

O inimigo fez o que pensou. Durante a noite, enquanto o fazendeiro e seus trabalhadores dormiam, o homem maldoso entrou no campo e semeou joio no meio do trigal. Completada sua obra de ódio e ruindade, ele se retirou, cuidadosamente.

Algum tempo depois, quando as espigas de trigo já surgiam no campo, apareceu também o joio.

Então, os trabalhadores foram dizer ao fazendeiro o que haviam visto no campo:

— Senhor, não semeaste no campo somente boas sementes? Por que, então, está nascendo joio no trigal?

O fazendeiro já havia descoberto tudo e respondeu aos servidores:

— Foi um inimigo que fez isso...

Os trabalhadores lhe perguntaram:

— Senhor, queres que vamos, agora mesmo, arrancar o joio?

O senhor, porém, lhes respondeu com uma explicação:

- Não é possível fazer isso agora. Vocês sabem que o joio é muito parecido com o trigo.

Se vocês quiserem arrancar o joio, que foi plantado junto com o bom grão, arrancarão também o trigo, pois as raízes de ambos muitas vezes se entrelaçam. Deixem que cresçam juntos o joio e o trigo. Na época da ceifa, eu direi aos ceifeiros que colham primeiro o joio e o atem em feixes para queimá-lo; e depois juntem o trigo no meu celeiro.

Esta Parábola do Joio e do Trigo, Jesus a contou ao povo da Galiléia. Seus discípulos estavam presentes, mas, não a entenderam. Quando Jesus chegou à casa de Simão Pedro, os discípulos lhe pediram que lhes explicasse a parábola.

E o Divino Mestre interpretou-a com muita simplicidade.

Que você, meu querido menino, preste atenção para entendê-la também.

Eis a explicação de Jesus:

O Semeador, é Ele mesmo, Jesus, que semeia a boa semente.

O campo é o mundo, Terra onde vivemos.

A boa semente são os filhos do Reino, isto é, são as almas que ouvem o Evangelho e fazem todos os esforços para compreendê-lo e praticá-lo.

O joio são os filhos do Maligno, o que quer dizer, as almas que não querem ouvir as leis divinas nem as cumprir, mas, buscam os maus caminhos do vicio, da maldade e do pecado.

O inimigo, que semeou o joio, é o Diabo, palavra que traduz as Forças do Mal, os Espíritos das Trevas, que lutam contra a obra de Jesus, induzindo as almas ao crime, ao pecado e à injustiça.

A ceifa é o fim do mundo, isto é, a época da regeneração da Terra, quando o nosso planeta deixar de ser um mundo de expiação e de provas para ser elevado à categoria de mundo de regeneração, com o surgimento do Reinado de Jesus entre os homens.

Os ceifeiros são os anjos. A palavra anjo quer dizer mensageiro. Os ceifeiros serão os Mensageiros da Luz, verdadeiros chefes invisíveis da humanidade; são os Grandes Espíritos que, em nome de Deus, dirigem os nossos destinos e vão presidir a transformação do mundo.

Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será também na época da Grande Regeneração em nosso mundo. Haverá uma verdadeira separação das almas obedientes das rebeldes. Os que desejam sinceramente o caminho do Bem e da Justiça serão distanciados daqueles que, por gosto próprio, preferem o caminho da maldade e da injustiça.

Os Grandes Espíritos presidirão a essa separação, que não está longe de ser feita. Todos os que cometem escândalos, maldades, injustiças serão des-tinados aos mundos inferiores, onde serão purificados pelo fogo da dor e da expiação. Nesses mundos inferiores (que são o inferno de que fala o Evangelho), as almas rebeldes sofrem imensamente. Mais tarde, você vai ler os livros de André Luiz, psicografados por Francisco Cândido Xavier, e verá como é triste o destino das almas que se colocam contra as leis de Deus.
Outro, bem diferente, é o destino dos justos, das almas obedientes e fiéis. 

Disse Jesus: “Elas brilharão como o sol, no Reino de Deus”. Aqueles que, neste mundo, buscarem fazer o bem aos semelhantes e cumprir os mandamentos divinos, serão, na Eternidade, Espíritos bons e dignos, seres felizes, belos e resplandecentes. Eis a recompensa que Deus destina aos Seus filhos bondosos e fiéis.

Entendeu, filhinho, a Parábola do Joio e do Trigo?

Medite bem nela. Seja no mundo a semente de trigo, crescendo sob as bênçãos de Deus, para se transformar numa espiga loura e bela. Seja um filho do Reino, sempre obediente à Lei Divina.

Não permita que as Forças do Mal — Espíritos das Trevas —, lancem no seu coraçãozinho o joio da rebeldia e da maldade, dos pensamentos pecamlnosos e indignos.

Salomão já ensinava, há três mil anos: “Acima de todas as coisas que se devem guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios, 4:23).

É uma grande verdade, meu filho. Guarde o seu coraçãozinho para o Divino Semeador. Receba somente as sementes do trigo celeste, que são os ensinos de Jesus e as inspirações do bem.

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