sábado, 3 de julho de 2010

JESUS PURIFICA O TEMPLO (2; 13-25)

Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou a todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, e derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas:

- Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.

Lembraram-se os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá! Perguntaram-lhe, pois, os judeus:

- Que sinal nos mostras para fazeres estas coisas?

Jesus lhes respondeu:

- Destrui este santuário, e em três dias o reconstruirei!

Replicaram os judeus:

- Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário e tu, em três dias, o levantarás?

Ele porém se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.

Estando ele em Jerusalém, durante a festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome. Mas o próprio Jesus não se confiava a eles porque os conhecia a todos. E não precisava que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.

A ambição tem levado os espíritos a tenebrosos abismos e conduzido seitas e religiões para sendas do obscurantismo. Todas as formas de exploração conduzem ao desastre.

Quando uma corrente espiritual se envolve com problemas materiais, principalmente dinheiro, começa a declinar e a perder suas ligações com os planos espirituais. Tem sido assim com grandes organizações religiosas.

Voltamos a Francisco de Assis, na sua simplicidade, pregando a renúncia aos bens materiais, não se deixando vencer pelo ouro e pela pompa do Vaticano, despertando no Papa os valores adormecidos ou esquecidos da Igreja de Jesus.

A ganância destruiu imensas concentrações de devotos, e não há como conciliar o poder espiritual com o poder financeiro.

Essa experiência deve ser cuidadosamente observada pelos Presidentes dos Templos do Amanhecer, evitando as contribuições compulsórias de dinheiro, para manutenção das instalações, pois isso está fora das Leis do Amanhecer. Nossa obrigação é com a Espiritualidade Maior, e não com a arrecadação de bens materiais.

É certo que existem problemas a serem resolvidos no plano material, tais como limpeza, contas de luz e de água, etc. Mas têm que ser equacionados de forma espontânea, com a participação de quem puder, com o quê puder.

No momento em que se fizerem taxas e cobranças sem considerar as condições de cada componente, entra-se num perigoso desvio, cujas conseqüências podem ser terríveis para os dirigentes.

Deve ser evitada a exploração na revenda de material doutrinário, com os preços sendo duplicados para o fornecimento de fitas, coletes e outros artigos.

Tem que haver critério e um mínimo de repasse dos custos, buscando-se auxiliar àqueles que, na maioria dos casos, se sacrificam para poder manter em ordem suas indumentárias.

Na Doutrina do Amanhecer não há como conseguir nada com ouro – nem perdão, nem ajuda, nem uma simples bênção. Ilusão, sim.

Mas pobre daquele que se deixar levar pela ambição e transformar seu Templo em uma empresa. Não terá descanso, não terá harmonia nem equilíbrio, porque, mesmo que não perceba, Pai Seta Branca, embora lhe dando preciosas oportunidades de rever seu comportamento, estará providenciando sua expulsão, tal como Jesus o fez no templo de Jerusalém.

O Templo do Amanhecer é uma casa de Deus, o Jaguar é parte da Igreja de Jesus, e, por isso, “não façais da casa de meu Pai casa de negócios”! João ainda nos fala que Jesus conhecia os homens e o que era a natureza humana, e isso era verdade, porque Ele possuía grandes poderes, base dos extraordinários fenômenos que maravilharam o povo de Jerusalém, e, por sua natureza celestial, podia ver o que se passava no íntimo de cada um. Por isso, não confiava nos homens. Sabia que aqueles espíritos encarnados, ainda a meio de suas evoluções, seriam, em sua maioria, cegos, surdos e incompreendidos para toda a Luz que Jesus vinha trazer. Aquela humanidade se prendia a preconceitos, julgamentos e sentimentos materiais, esquecida de sua essência espiritual e, dessa forma, resistiria aos ensinamentos do Mestre.

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