segunda-feira, 9 de maio de 2011

MÃE





MÃE
Meimei
Francisco Cândido Xavier

Um dia, a Mulher solitária e atormentada chegou ao Céu e, rojando-se, em lágrimas, diante do Eterno Pai, suplicou:

- Senhor, estou só! Compadece-te de mim... Meu companheiro fatigado, cada dia, pede-me repouso e devo velar-lhe o sono! Quando triunfa no trabalho, absorve-se na atividade mais intensa e, muita vez distraído, afasta-se do lar, onde volta somente quando exausto, a fim de refazer-se. Se sofre, vem a mim, abatido buscando restauração e conforto...

Tu, que deste flores ao arvoredo e que abriste as carícias da fonte, no seio escuro e ressequido do solo, consagras-me, assim, ao isolamento? Reservaste a Terra inteira ao serviço do homem que se agita, livre e dominador, sobre montes e vales, e concedes a mim apenas o estreito recinto da casa, entre quatro paredes, para meditar e afligir-me sem consolo? Se sou a companhia do homem, que se vale de mim para lutar e viver, quem me acompanhará na missão a que me destinas?

O Senhor sorriu, complacente, em seu trono de estrelas fulgurantes e, afagando-lhe a cabeça curvada e trêmula, falou compadecido:
- Dei o mundo ao homem, mas confiarei a vida ao teu coração.
Em seguida colocou-lhe nos braços uma frágil criança.

Desde então, a Mulher fez-se Mãe e passou a viver plenamente feliz.

(Da obra "Cartas do Coração", pelo Espírito Meimei, Francisco Cândido Xavier)

Toda mãe por si conserva,
em traços de amor e luz,
a humildade de Maria
e a grandeza de Jesus.
(Auta de Souza)

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