segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Bezerra de Menezes (12)




UNIFICAÇÃO ESPÍRITA

Filhos, antes de pretenderdes a unificação dos serviços concernentes à
fé espírita, pretendei a unificação dos vossos sentimentos na vivência dos
postulados que abraçastes.

Não existe união sem entendimento.

Quem não sabe ceder em seus pontos de vista não sabe trabalhar pelo
congraçamento dos companheiros.

Sem dúvida, a união em torno de nossos princípios na Doutrina
Espírita é de fundamental importância na preservação da unidade do
Movimento, todavia, sem a exemplificação dos que se lançam a semelhante
cometimento ocupando cargos de proeminência, todo esforço neste sentido não
passará de tentativa frustrada de aproximação.

Por agora, convençamo-nos de que a perfeita integração de idéias é um
sonho vago e distante entre os homens, mas, para quem procura concordar no
essencial, o acessório não é fator de divisão.

Se a teoria é válida, somente a prática fala de seu significado e sua
importância.

A dissensão entre os adeptos da Causa, a fragiliza diante de seus
opositores e a torna vulnerável às criticas.

Se os irmãos de ideal não silenciam melindres no grupo espírita, toda a
tarefa fica comprometida e não alcança a finalidade que se propõe.

De quem lidera nunca se espera somente a palavra.

Filhos, o "amai-vos uns aos outros" não nos condiciona o amor àqueles
que convivem conosco, ou seja, não implica em que amemos apenas àqueles
que não nos criem embaraços. Ao contrario, o grande desafio do amor se nos
resume no amor que daremos a quantos, constantemente, nos atestam na
capacidade de compreender e perdoar.

Unamo-nos na fé, unindo-nos em nossos propósitos de renovação
íntima através das boas obras.

A pretexto de defender a Verdade, não fomentemos o fanatismo e o
preconceito.

Unamo-nos no ideal superior do bem incondicional aos semelhantes e
estaremos prestando à unificação espírita a nossa melhor e decisiva
colaboração.

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