domingo, 30 de maio de 2010

COMO FALAR ? COMO ESCREVER ?


"E tornando a inclinar, escrevia na terra". João: -8-8.

Quanta gente não abusará dos recursos da escrita, por veicular imposições e difundir enganos na Terra? Quantos espíritos, mesmo desencarnados, valem-se dessa possibilidade para atender a venenosos caprichos individuais? Aqui se escreve para a consecução de determinados objetivos inferiores, além, aproveitam-se publicações para o mercado de propósitos subalternos.

Quantas vezes, nós mesmos, teremos movimentado o jornal ou o livro, pretendendo impor nossa interpretação individual?

Quem escreve precisará lutar contra numerosas leviandades que ameaçam o espírito. É indispensável guardar-se todos os dias. E, nessa vigilância justa, será razoável lembrar a posição de Jesus que não deixou livros ou pergaminhos, legando-nos, apesar disso, os tesouros da vida imperecível.

Imposta considerar, no entanto, que o Mestre Divino escreveu na Terra.

Nunca encontraste o simbolismo profundo desse gesto de Cristo?

Quem poderá passar no planeta sem grafar alguma idéia nos caminhos do mundo? Nem todo homem gravará páginas, mas todos escreverão na Terra a história de sua passagem comum

No campo, traçará leiras, plantará árvores, modificará paisagens; nas cidades construirá oficinas, instituirá universidades, levantará edifícios.

A Terra é o grande livro que o Senhor nos deu aos serviços de formação espiritual.

Ainda que não percebas, está escrevendo diariamente. Se for a criatura de entendimento frágil, se ainda não tens o contato com os ensinamentos do Cristo, não de descuides da escrita diária.

Vê o que gravas nas páginas da vida.

Tuas mãos e atitudes gravam sempre., a todo minuto, com as tintas luminosas ou sombrias do coração.

A Terra está registrando o que fazes.

Não manches o livro que o Pai nos confiou.

Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.

(Livro: "Nós", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

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