sexta-feira, 29 de abril de 2011

Agulha Ismênia





AGULHA ISMÊNIA

As Agulhas Ismênias foram trazidas especificamente para o trabalho da Estrela Sublimação, ou Estrela de Nerhu, com grande poder de manipulação das energias distribuídas pelos Projetores da Estrela, fazendo sua harmoniosa distribuição pelos pacientes e médiuns que participam do trabalho. Com suas indumentárias tendo a representação dos hieróglifos, a escrita das pirâmides, e tendo, no espaço, a liderança da Princesa Samboara, alcançam pontos críticos dos submundos,  ativam as forças projetadas pelos Oráculos de Oxalá, Obatalá e Olorum, através de Agamor, e proporcionam melhor receptividade dos mestres em seus Projetores pela ativação de seus chakras.
Embora com uma função especifica, podem participar de todos os outros trabalhos, sempre com muita eficiência e precisão.
As Agulhas Ismênias  têm como Primeira a Ninfa Lua Geni Duarte,  sendo o Adjunto de Apoio o Adjunto Anuzio, Mestre João Duarte. Foi consagrada em 1-5-1982.
O prefixo é Avena, para as Lua, e Avena-Ra, para as Sol.

CANTO DAS AGULHAS ISMÊNIAS:

SALVE DEUS, MEU MESTRE REINO CENTRAL! ESTAMOS À VOSSA MERCÊ!
Ó, JESUS, CAMINHAMOS NA DIREÇÃO DA ESTRELA TESTEMUNHA,
QUE NOS REGE NESTE UNIVERSO.
CAMINHAMOS NA FORÇA ABSOLUTA QUE VEM DE DEUS PAI TODO PODEROSO!
SOU (ESCRAVA se for LUA; NINFA se for SOL) DO CAVALEIRO VERDE ESPECIAL.
CONFIANTE NOS PODERES DIVINOS, EMITO O MEU PRIMEIRO PASSO
PARA QUE OS PODERES DE NOSSAS HERANÇAS TRANSCENDENTAIS NOS CHEGUEM,
PARA A CONTINUAÇÃO DESTA JORNADA.
E COM LICENÇA DE VOSSA MERCÊ,
PARTIREI SEMPRE COM -0-// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

O AMANHECER DAS PRINCESAS NA CACHOEIRA DO JAGUAR (4)





CAPITULO IV

Salve Deus!

Meu filho Jaguar!

O dever é obrigação moral da criatura para consigo mesmo em primeiro
lugar, em segundo para com os outros. O dever e a lei da vida. Meu filho, a
virtude é o mais alto grau onde o homem encontra sua liberdade espiritual. A
virtude é a forma que sobrevive e explica a natureza do homem, porque tudo
está contido em Deus! Sempre estamos a percorrer as ruínas de nossas vítimas,
das suas vidas, sem preocupação exata de nossa missão. Hoje meu filho,
estamos tentando acreditar no que nos dizem os nossos antepassados.
Sim meus filhos, todos já estavam no Congá da Cachoeira do jaguar.
Foi triste aquela noite. Jerônimo havia chegado aos gritos, trouxera a mãe
das gêmeas que estava muito mal. Emoções, choros, tristeza e também
risos. O fato é que não se sabe como dormiram. Tão logo o dia clareou,
todos á estavam tirando palmas, fazendo lindas choupanas. No prazo de
oito dias á existia um lindo povoado de palha e tudo na melhor sintonia
possível. Foi então o dia do Congá. Todos estavam realmente desejosos.
Sim, o menor dos seres vibrava na presença daquele lindo altar formado
de palmas. Pai Zé Pedro e Pai João estavam muito felizes aquela noite, pois
haviam se encontrado com Henrique de Enoque e com ele se identificaram.
Henrique era um dos Nagôs. Juntos entraram na choupana de Jurema que
estava ao lado de sua mãe moribunda. Jurema ao sentir os três, ergueu a
cabeça e disse como se estivesse dormindo:
- Salve Deus! Seja bem-vindo nesta Terra meu estimado
Procurador! É árdua esta missão que escolhestes de Nagô. Assim assumistes
a maior das missões. Oh! (gritou) como me orgulho de ti filho! Me orgulho
de ti, como em poucos tenho o mais puro exemplo...
Nisto abriu os olhos e meio decepcionada voltou para sua mãe e
todos correram para ela.
- Oh filha! Não sabes o bem que nos fez.
Ela começou a chorar dizendo - Sim , eu sei. Eu ouvi tudo que
disse, apenas não pude me impedir de dizer. (Zé Pedro olhou para João).
- Como? Segundo Vô Agripino ela passou por um processo de
incorporação consciente. – E quem tomou o seu corpo?
- Os anjos e santos que prometeram nos protege nesta jornada.
Jurema será a voz direta do Céu. (respondeu João).
Sim, graças a Deus! Então, comentaram tudo o que havia se
passado. Zé Pedro reconhecera Henrique o seu velho procurador romano.
Sim, Zé Pedro como imperador o havia mandado a Pompéia e agora o
reconhecera, porém não estivera tão seguro até que Jurema fizesse aquela
grande afirmação. Os dois voltaram a se encontrar e no mesmo primitivo
lugar. Pai João filosofando disse:
- Todos somos livres neste mundão de meu Deus! Até mesmo
para acreditar, desejar, escolher, fazer e obter; mas, todos somos também
constrangidos a penetrar nos resultados de nossas próprias obras. Não
existe direito sem obrigação e nem equilíbrio sem consciência.
- Neste caso a consciência de Jurema é equilíbrio?
- Graças a Deus, por isso me faz tanto bem, João.
- Sim João, e a mãe de Jurema irá morrer?
- Não Zé Pedro. A doença é apenas o conflito do seu externo,
falta de energia física. Não precisamos nos preocupar. – Aceito sua afirmação
João. Fico feliz e seguro de saber de seus sonhos com Vô Agripino. Seria
tão bom se eu também pudesse sonhar com ele, porém devemos agradecer
a Deus de termos você.
- Sim Zé Pedro, porém ele ralha muito comigo!
- Sim João, eu também tenho um Índio. Eu já lhe Disse, não?
- É verdade Zé Pedro, é verdade. E sabes mais Zé Pedro? Fui
informado que o Vô Agripino é Pai Espiritual deste Índio.
- João espera, vamos devagar...
Nisto um grito de alegria mudou a sintonia dos dois.
Era o escandaloso do Tomáz que havia visto um pequeno barco
trazendo a Sinhazinha Janaína.
- Vê (disse Zé Pedro) Jurema bem que disse ter visto uma linda
loura e um crioulo e também que traziam belas mantas para as crioulas.
- Sim, vamos Zé Pedro e cuidado! Você está fazendo muitas
observações, isto é muito perigoso. Deixe que as coisas decorram sem
muita precisão de sua cabeça.
Desceram todos e a chegante parecia que já estava sendo esperada.
Tudo calmo, desembarcou realmente com muitas manta e pequenos terços,
chamando Jurema foi também lhe entregando a sua bagagem. Vendo Pai
João e Pai Zé Pedro perguntou se poderia viver ali com eles.
- Como? (disse Pai João) veio morar conosco?
- Sim, (disse a Sinhazinha) – Meu Deus, quantas complicações!
(Pensou a Pai João)
- Meu Pai é dono de engenho e tem grandes negócios na Europa.
Minha mãe morreu e eu sonhei que nesta Cachoeira alguém me esperava.
Viemos eu e Chiquinho para nunca mais voltar. Libertei todos os negros
que estavam no tronco e sei que eles também virão. Chiquito vai descer
novamente, virar o barco e voltar a pé, depois de alardear o meu
afogamento. Todos pensarão que morri.
Neste ínterim todas as jovens já estavam juntas dando risadas. A
euforia era tão grande que não houve sessão no Congá. Tudo ia correndo
mais ou menos, todos se conhecendo melhor. Então uma grande harmonia
foi evoluindo aquela gente. Pai Zé Pedro cada dia se evoluía no aprendizado
de Pai João. Em vez de sessão no Congá eles gostavam mais das histórias
doutrinárias de Pai João. Naquela noite, estavam todos sentados diante de
uma linda fogueira atiçada por Pai Joaquim e Mãe Dita...
Em resumo, ali acontecia a doutrina secreta, mãe das religiões e
das filosofias, que se reveste de aparências diversas no correr das idades,
porém sua base permanecendo imutável em toda parte. Sim, nascida
simultaneamente na índia e no Egito, passando daí para o Ocidente com a
onda das imigrações. Assim é que por toda parte, através da sucessão dos
tempos e dos rastros dos povos, afirma-se a existência de um ensino secreto
que se encontra idêntico no fundo de todas as grandes concepções religiosas
ou filosóficas. Os sábios, pensadores, os profetas dos templos e dos paises
mais diversos, nela acham a inspiração, a energia que faz transformar e
empreender as grandes coisas que aliviam as almas e equilibram a sociedade.
Todos se preocupavam com a fogueira, enquanto Pai João cochilando
ouvia todas essas coisas, estas lições, estes ensinos. Mal sabia Pai João, ia
gravando tudo isso no fundo de sua alma, junto com a paz, uma serenidade
e uma força moral incomparável. Todos sorriam, sem se lembrar do feitor
que repousava inerte na ultima choupana. Como a união faz a força, se
obtém geralmente resultados satisfatório sobre os encarnados. Todos
estavam descontraídos e desprevenidos, alheios aos seus pensamentos
exceto Jurema, que não saia da cabeceira de sua mãe.
E no meio daquela noite surgiu um triste espetáculo: Jurema, com
um pedaço de madeira na , mão, gritava escandalizando todo mundo
como se fosse o próprio feitor!
- Negros desgraçados, preguiçosos! (E se atirando em cima de
todos e de olhos fechados espraguejava contra Zé Pedro).
- Pai Zé Pedro vendo que ela poderia cair na fogueira, foi segurala.
Qual nada! Jurema investiu contra ele e o agrediu. Pai João foi ao
encontro e os dois se machucaram Jurema estava se a razão. Pai João
levantou os braços e na força do chamado Deus africano, gemeu como um
leão dizendo:
- Oh! Obatalá, oh! Obatalá!, entrego neste instante mais esta
ovelha para o teu redi!!
Jurema soltou o porrete e saiu cambaleando num pranto doloroso.
Pai Zé Pedro enxugando o sangue do rosto, acariciando-a enquanto ela
enchia de perguntas.
- Não tens raiva de mim? Não te zangastes?
- Não filha, (disse ele por fim). Conheço o fenômeno e tu só me
fazes bem. Jurema levantando os grandes olhos rasos d’agua, emitiu a Zé
Pedro toda a sua ternura. Zé Pedro sentiu todo amor de sua vida. Os dois
percorreram o transcendente e como por ventura, Jurema viu o fomoso
procurador que cortejava e a quem tanto amava. Então ali permaneceram
sem que ninguém os reparasse. Todos estavam empolgados no fenômeno.
Pai João fez aquela emissão ou elevação com toda força dos seus
sentimentos. Sentindo as dores do fenômeno, voltou para o mesmo lugar,
voltando também a ouvir Vô Agripino.
- Salve Deus! Viu João? Fizestes tudo tão perfeito, porque tens
constantemente livre o teu sol interior. Te entregastes ao Cristianismo,
esquecendo-te de ti mesmo. Sim, o ensino é como pétalas de rosa que
caem em nossas mentes, enquanto vai orvalhando os três reinos de nossa
natureza.
- E o Centro Coronário que me ensinastes uma vez?
- Sim! Este guarda as perolas que levamos para a vida eterna. (e
disse mais) – Não te assustes com Zé Pedro. Não te esqueças que ele tem
apenas 40 anos aí na terra.
Pai João meio confuso, viu Zé Pedro ainda falava com Jurema.
Então voltou a fazer outras perguntas ao seu Vô Agripino e este entre
outros esclarecimentos disse:
- João, sabes quem tomou o aparelho de Jurema?
- Não meu Vô, quem?
- O feitor!
- O feitor? Como? Ele morreu?
- Não, o seu ódio é tão grande que ele se desprende do corpo e
faz o que fez.
- Meu Deus!
- Sim! E não poderás dizer nada, guarde tudo para ti mesmo,
porque esta gente não tem capacidade de assimilar tudo isto.
- Oh meu Obatalá! Tenho medo e Zé Pedro?
- Sim, nem Zé Pedro. Ele será feliz, porque saberá respeitar o seu
grande e imortal amor.
- E Japuacy?
- Japuacy? Veja João. (Pai João deu uma grande risada...)
Sim meu filho Jaguar, vou terminar a reforma da sala de cura com
Rafael e Fabrício, e não tenho como escrever mais, porém na próxima
semana darei a vocês mais uma parte.

Com carinho.
A mãe em Cristo.

PUREZA





PUREZA - EMMANUEL - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER


"Se purificares o coração, identificarás a presença de Deus em toda parte, compreendendo que a esperança do Criador não esmorece em criatura alguma..."

Emmanuel


"Bem aventurados os puros porque verão a Deus."

Estudando a palavra do Mestre Divino, recordemos que no mundo, até hoje, não existiu ninguém quanto Ele, com tanta pureza na própria alma.

Cabe-nos, pois, lembrar como Jesus via no caminho da vida, para reconhecermos com segurança que, embora na Terra, sabia encontrar a Presença Divina em todas as situações e em todas as criaturas.

Para muita gente, a manjedoura era lugar desprezível; entretanto, Ele via Deus na humildade com que a Natureza lhe oferecia materno colo e transformou a estrebaria num poema de excelsa beleza.

Para muita gente, Maria de Magdala era mulher sem qualquer valor, pela condição de obsidiada em que se mostrava na vida pública; no entanto, Ele via Deus naquele coração feminino ralado de sofrimento e converteu-a em mensageira da celeste ressurreição.

Para muita gente, Simão Pedro era homem rude e inconstante, indigno de maior consideração; contudo, Ele via Deus no espírito atribulado do pescador semi-analfabeto que o povo menosprezava e transmutou-o em paradigma da fé cristã, para todos os séculos.

Para muita gente, Judas era negociante de expressão suspeita, capaz de astuciosos ardis em louvor de si mesmo; No entanto, Ele via Deus na alma inquieta do companheiro que os outros menoscabavam e estendeu-lhe braços amigos até ao fim da penosa deserção a que o discípulo distraído se entregou, invigilante.

Para muita gente, Saulo de Tarso era guardião intransigente da Lei Antiga, vaidoso e perverso, na defesa dos próprios caprichos; contudo, Ele via Deus naquele espírito atormentado, e procurou-o pessoalmente, para confiar-lhe embaixada importante.

Se purificares, assim, o coração, identificarás a presença de Deus em toda parte, compreendendo que a esperança do Criador não esmorece em criatura alguma, e perceberás que a maldade e o crime são apenas espinheiro e lama que envolvem o campo da alma – o brilhante divino que virá fatalmente à luz...

E aprendendo e servindo, ajudando e amando passarás, na Terra, por mensagem incessante de amor, ensinando os homens que te rodeiam a converter o charco em berço de pão e a entender que, mesmo nas profundezas do pântano, podem surgir lírios perfumados e puros para exaltar a glória de Deus.

(Do livro "Religião dos Espíritos", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

A CHAVE DE LUZ





A CHAVE DE LUZ
Emmanuel

"Não te impressione, porém, a seara da treva em que se mergulham alguns corações. Quase todos esperam apenas a chave de luz que lhes descerre a passagem da noite para o dia, para a luz da libertação..."


Reflexão em torno da humildade e da gentileza:

Lembra-te de que ninguém avança sem companhia.
Toda obra pede auxílio e cooperação.
A árvore protege a fonte, tanto quanto a fonte alimenta a árvore.
O pão que extingue a fome é filho da compaixão do solo que nutriu a semente, da renúncia da semente que germinou para o sol e da força do sol que amparou a terra obscura e sustentou a semente frágil.

Assim também, vida afora, nas empresas que o mundo te conferiu, não prescindirás de braços amigos que te estendam socorro e fraternidade.

Todavia, não basta exponhas a outrem as necessidades que te afligem, nem vale te desmandes na queixa, encarecendo perante alheios ouvidos a angústia de teus problemas, a fim de que a verdadeira amizade se te revele, eficiente e prestigiosa.
Indispensável saibas abrir as portas dos corações para que te não falte concurso às construções da existência.
Corações que, muitas vezes, jazem trancados na avareza, afogados no vinagre da aflição ou deprimidos nos espinheiros do sofrimento.
Corações que padecem a flagelação do egoísmo, a paralisia do orgulho, o desvario da vaidade, a chaga da ignorância e o assalto do desalento.
Não te impressione, porém, a seara da treva em que se mergulham.
Quase todos esperam apenas a chave de luz que lhes descerre a passagem da noite para o dia, para a luz da libertação.
Avizinha-te deles com ternura e bondade, sem agravar-lhes a dor.

Desvenda-lhes o próprio ser, em forma de compreensão e serviço e todos virão ao teu encontro, sustentando-te os passos na tarefa a que te impuseste na vida, porque, em verdade, é da lei do Senhor que alma alguma resista ao toque da humildade com a chave da gentileza.

(Do livro "Linha Duzentos", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

CÂNTICO DE LOUVOR





Ensinando "GRATIDÃO" aos pequeninos.

CÂNTICO DE LOUVOR
Meimei
Francisco Cândido Xavier

Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.
Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.
Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.
A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.
E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.
Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.
Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.
Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.
Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.
Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.

Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus...

(Do livro "Pai Nosso", pelo Espírito Meimei, Francisco Cândido Xavier)

ASSUNTOS DE TEMPO





ASSUNTOS DE TEMPO
André Luiz

Se você já sabe quão precioso é o valor do tempo, respeite o tempo dos outros para que as suas horas sejam respeitadas.

Recorde-se de que se você tem compromissos e obrigações com base no tempo, acontece o mesmo com as outras pessoas.

Ninguém evolui, nem prospera, nem melhora e nem se educa, enquanto não aprende a empregar o tempo com o devido proveito.

Seja breve em qualquer pedido.

Quem dispõe de tempo para conversar sem necessidade, pode claramente matricular-se em qualquer escola a fim de aperfeiçoar-se em conhecimento superior.

Trabalho no tempo dissolve o peso de quaisquer preocupações, mas tempo sem trabalho cria fardos de tédio, sempre difíceis de carregar.

Um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz.

Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas.

Observe quanto serviço se pode efetuar em meia hora.

Quem diz que o tempo traz apenas desilusões, é que não tem feito outra coisa senão iludir-se.

(Do livro "Sinal Verde", pelo Espírito André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

domingo, 24 de abril de 2011

O AMANHECER DAS PRINCESAS NA CACHOEIRA DO JAGUAR (3)





CAPITULO III

Salve Deus!

Meu filho Jaguar:

Não estamos preocupados com os velhos documentos das velhas
escrituras, porém estamos sim, desejosos de saber onde os nossos
antepassados encontraram tanta força e tanta coragem para chegar até
aqui. Sim meus filhos, o Missionário tem, graça a Deus, a sua energia e
toda harmonia nos três reinos de sua natureza. Muitas vezes contando,
até pensamos ser irreal o que nos dizem sobre os escravos e seus
Missionários.
Vejam filhos, estavam em festa, quando alguém anunciou que os
Ferreiras já haviam cercado Congá e que queriam Juremá a todo custo. Pai
Zé Pedro, mais evoluído do que Pai João, foi tentando segurar o povo
dentro do Congá e qual não foi sua surpresa, os crioulos novatos já haviam
saído de dentro de casa e como loucos açoitavam os Ferreiras, fazendo-se
ouvir pragas, ameaças e gemidos! O feitor que estava do lado dos Ferreiras,
sentindo que estava perdendo gritou:
- Sou o feitor desta Fazenda. Estes Nagôs imundos estão me
assassinando. Socorro!
Só se ouvia o urro do feitor, pois na escuridão daquela noite, fora
atingido na coluna ficando inerte no chão, gritando como um louco. Pai Zé
Pedro foi até o terreiro onde estava a briga e logo viu que a feitor estava
aleijado para sempre.
- Oh meu Deus! (gritou Pai Zé Pedro). Como poderemos assumir
tal dívida com este pobre irmão? Nisto, alguém que ouvia gritou:
- Eu acho muito bom que ele nunca mais caminhe, para não
chicotear os outros.
- Meus Deus, meu Deus! (dizia Pai Zé Pedro andando de um
lado para outro). Oh meu Deus! Este pobre homem que não vai nunca
mais andar... Caminhando, deparou com um outro triste quadro. Efigênia,
uma jovem negra estava ali também com o crânio aberto de pancadas. Era
filha de Júlia, uma paralítica. Zé Pedro não resistiu e foi buscar o seu
Sinhozinho. Sim, nenhum dos Ferreira havia morrido e quis a vontade de
Deus, nem mesmo ferido. Foi então que um dos quarenta que ainda não
havia se manifestado, deu um urro e se manifestou dizendo: - Salve Deus!
O sol já começava a esquentar seus raios, então o Nagô Pai Jerônimo
disse:
- Levanta acampamento, leva Jurema e Juremá. Escolhe o teu
povo e segue rumo á cachoeira do jaguar, que desemboca nas águas grandes
do mar. Nós, os Nagôs ficamos. Vamos buscar a desditosa mãe destas
gêmeas (disse apontando para Jurema e Juremá).
- Não! Eu não permitirei ( gritou Zé Pedro).
- Como? (disse Pai Jerônimo). Como se atreve a duvidar de teu
irmão?Vão embora que eu a levo. Se demorarem terão mais mortes. Vamos,
vamos logo. E desencorporou. Salve Deus. Zé Pedro e Pai João não esperaram
mais. Não se sabe como, juntaram suas coisas ajudados pelo Sinhozinho e
partiram dali. Só no caminho notaram que não faltava, ninguém e, inclusive
o feitor lá estava, numa cama de varas. O Sinhozinho e a Sinhazinha
despediram-se com amor. Quando já iam longe ouviu-se um forte
estampido. Era um tiro de cravinote.
Os negros do terreiro, que já estavam de volta e o Sinhozinho com
sua família, com a ajuda dos escravos que ficaram, enterraram os mortos e
seguiram para a cidade onde moravam seus pais. Enquanto os crioulos
contavam 108, faltando Jerônimo que ninguém sabia do paradeiro. Já era
noite quando chegaram á cachoeira do Jaguar. A lua cheia clareava as
matas e o mar, as palmeiras balançando suas folhas como uma prece. Pai
Zé Pedro sentando em uma pedra descortinava todo quadro por onde
teria que passar com aquela gente.
Pai João e os dois começaram a fazer os seus projetos.
- Sim, (diziam) tudo pela condenação da matéria. A terra...a terra.
(dizia Pai João) tão lindo o mar, no entanto a Terra, (disse Pai João) tão lindo o
mar, no entanto a Terra é o que nos pertence, por ser a parte sólida deste
planeta. Porém o que me conforta é que as forças cósmicas continuam em
atividade, porque neste universo não há inércia, tudo se movimenta em nosso
favor pela bênção de Deus. A sua atividade é essencialmente produtora desta
nossa matéria orgânica e inorgânica logo nos dará novas forças, graças a Deus!
Pai Zé Pedro que só ouvia, disse sorrindo.
- Onde aprendeste tanto? Isto não são palavras de Nagô!
- Estou consolado a mim mesmo, Pedro.
- Porque não pede ao Mestre Agripino? Ele é quem me consola.
(Foi quando os dois começaram a receber energia).
- Sim Zé Pedro, a atividade do homem é essencialmente produtora
e as forças essencialmente ativas. Como já disse, cria na matéria orgânica
este arsenal de forças, portanto temos que organizar um ritual, uma jornada,
vestimentas que mudem a sintonia dos crioulos.
- Sim Zé Pedro, vamos erguer esta arma para o Céu.
- Sim João, é realmente um arsenal. Oh Meu Deus!.
E olhando a paisagem do lugar disseram – Faremos uma jornada
em frente a Cachoeira, enfeitaremos as crioulas e faremos lindas princesas
dos castelos encantados que já ouviu contar.
- E eu que pensei que você meu irmão, era um simples escravo!
- Sim (disse Pai João), tenho Agripino que vem nos meus sonhos
e me conta tudo.
- Eu também tenho um Índio que me falava quando eu ia entrar
no chicote do feitor. Riram, riram muito, de repente lembra do feitor.
- Meu Deus! O que vamos fazer com este pobre homem? De
repente ouviram um grito. Era Jerônimo gritando, como se estivesse
perseguido.
- Oh meu Deus! Nossa vida não tem fim. E os dois continuaram
a sorrir.
- Sim, e o ritual? (perguntou um).
- Faremos! (disse o outro) precisamos de energia para obter as
curas desobsessiva. Salve Deus! Faremos tudo que Deus nos aprouver.
Os gritos continuavam e todos á vinham ao encontro dos dois.
Salve Deus! Meu filho Jaguar. Domingo vindouro lhe darei a
continuação.

Com carinho

A mãe em Cristo.

SANTA ÁGUA





SANTA ÁGUA
Benedito Rodrigues de Abreu*

Recordemos as virtudes de Santa Água!...
Água da chuva que fertiliza o solo,
Água do mar que gera a vida,
Água do rio que sustenta a cidade,
Água da fonte que mitiga a sede,
Água do orvalho que consola a secura,
Água da cachoeira que move a turbina,
Água do poço que alivia o deserto,
Água do banho que garante o equilíbrio,

Água do esgoto que assegura a higiene,
Água do lago que retrata as constelações,
Água que veicula o medicamento,
Água que é carícia, leite, seiva e pão, nutrindo o homem e a natureza,
Água do suor que alimenta o trabalho,
Água das lágrimas que é purificação e glória do espírito...
Santa Água é a filha mais dócil da matéria tangível,
Alongando os braços líquidos para afagar o mundo...
Água que lava,
Água que fecunda,
Água que estende o progresso,
Água que corre, simples, como sangue do Globo!...

Água que recolhe os eflúvios dos anjos
Em benefício das criaturas...
Se a dor vos bate à porta,
Se a aflição vos domina,
Trazei Santa Água ao vaso claro e limpo,
Orando junto dela...
E o rocio do Alto,
Em grânulos sutis,
Descerá das estrelas
A exaltar-lhe, sublime,
A beleza e a humildade...

E, sorvida por nós,
Santa Água conosco
Será saúde e paz,
Alegria e conforto,
Bálsamo milagroso
De bondade e esperança,
A impelir-nos à frente,
Na viagem divina
Da Terra para o Céu...

(Do livro "Instruções Psicofônicas", Benedito Rodrigues de Abreu, Francisco Cândido Xavier)

A ÁGUA FLUÍDA





A ÁGUA FLUÍDA
Emmanuel

"E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão". Jesus (Mateus, 10:42)

Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum.

Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.

A água é dos corpos o mais simples e receptivo da terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.

A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias.

A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe a influência, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam e curam.

A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui no imo d'alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.

O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício de todos os que lhe seguem a marcha.

Ninguém existe órfão de semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva.

Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real da providência, em benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças. Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de teus problemas orgânicos ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.

(Do livro "Segue-me!...", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)