quinta-feira, 29 de julho de 2010

P R O T E Ç Ã O

Duas horas de fria madrugada num hotel pequeno de rodovia.

O cavalheiro chegou apressado e pediu a chave do aposento em que se instalara durante o dia.

Inexplicavelmente, a chave desaparecera, e o interessado se confiou à exasperação.

Gritou. Acusou empregados.

A gerência interferiu com gentileza.

Outro quarto lhe foi entregue. O homem, porém, declarou que deixara junto ao leito grande soma de dinheiro e exigiu fosse a porta arrombada.

Depois de muita crítica, em que ameaçava a casa com denúncia à polícia, concordou em ocupar um aposento vizinho.

Somente pela manhã, ao sol muito alto, a fechadura foi quebrada. E só então o inconformado hóspede, ao retirar o dinheiro, verificou que sob o travesseiro se ocultava enorme escorpião.

(Do livro "Endereços da Paz", André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Porque não lembramos de vidas passadas?

Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus.

Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.

Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.

Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, ... auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.

Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.

A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual.

Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.

“Se a provação te aflige, Deus te conceda paz.

Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz.

Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz.

Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz.

Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz.

Ama, serve e confia. Deus te mantém em paz.“

EMMANUEL

sábado, 24 de julho de 2010

BILHETE FRATERNO

Meu amigo, ninguém te pede a santidade dum dia para outro.

Ninguém reclama de tua alma espetáculos de grandeza.

Todos sabemos que a jornada humana é inçada de sombras e aflições criadas por nós mesmos.

Lembra-te, porém, de que o Céu nos pede solidariedade, compreensão, amor...

Planta uma árvore benfeitora, à beira do caminho.

Escreve algumas frases amigas que consolem o irmão infortunado.

Traça pequenina explicação para a ignorância.

Oferece a roupa que se fez inútil agora ao teu corpo ao companheiro necessitado, que segue à retaguarda.

Divide, sem alarde, as sobras de teu pão com o faminto.

Sorri para os infelizes.

Dá uma prece ao agonizante.

Acende a luz de um bom pensamento para aquele que te precedeu na longa viagem da morte.

Estende o braço à criancinha enferma.

Leva um remédio ou uma flor ao doente.

Improvisa um pouco de entusiasmo para os que trabalham contigo.

Emite uma palavra amorosa e consoladora onde a candeia do bem estiver apagada.

Conduze uma xícara de leite ao recém-nascido que o mundo acolheu sem um berço enfeitado.

Concede alguns minutos de palestra reconfortante ao colega abatido.

O rio é um conjunto de gotas preciosas.

A fraternidade é um sol composto de raios divinos, emitidos por nossa capacidade de amar e servir.

Quantos raios libertaste hoje do astro vivo que é teu próprio ser imortal?

Recorda o Divino mestre que teceu lições inesquecíveis, em torno do vintém de uma viúva pobre, de uma semente de mostarda, de uma dracma perdida...

Faze o bem que puderes.

Ninguém espera que apagues sozinho o incêndio da maldade.

Dá o teu copo de água fria.

(Do livro "Nosso Livro", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

A LIÇÃO DA BONDADE

Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.

Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:

- Glória ao Rei de Israel!...

- Abaixo os romanos!...

- Hosanas ao vencedor! ...

- Viva o Filho de David!... Viva o Rei dos Judeus!...

E atapetavam a rua de flores.

Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.

O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansado, parecia triste e pensativo. Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felicidade ele desejava. Queria que ver o povo contente, mas sem ódio e sem revolta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.

O glorificado montador ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se destacou da multidão, abeirou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, exclamando:

- Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.

O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e indagou:

- Queres realmente servir ao Reino do Céu?

- Oh! Sim... - disse a moça, feliz.

- Então - pediu-lhe o Mestre -, ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.

A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edificação do Reino Divino, Jesus espera de nós, acima de tudo, a bondade sincera e fiel do coração.

(Do livro "Pai Nosso", Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A P R E Ç O

"Dando sempre graças a Deus por tudo em Nosso Senhor Jesus Cristo." - Paulo (Efésios 5:20.)

O Universo é uma corrente de amor, em movimento incessante. Não lhe interrompas a fluência de vibrações.

Nesse sentido, recorda que ninguém é tão sacrificado pelo dever que não possa, de quando em quando, levantar os olhos ou dizer uma frase, em sinal de agradecimento.

Considera sagradas as tuas obras de obrigação, mas não te esqueças do minuto de apreço aos outros.

Os pais não te discutem o carinho, entretanto, multiplicarão as próprias forças com o teu gesto de entendimento; os filhos anotam-te a bondade, no entanto, experimentarão novo alento com o teu sorriso encorajador; os colegas de ação conhecem-te a solidariedade, mas serão bafejados por renovadora energia, perante a reafirmação de teu concurso espontâneo, e os companheiros reconhecem-te a amizade, contudo, entesouram estímulos santos, em te ouvindo a mensagem fraterna.

Ninguém pode avaliar a importância das pequeninas doações.

Uma prece, uma saudação afetuosa, uma flor ou um bilhete amistoso conseguem apagar longo fogaréu da discórdia ou dissipar rochedos de sombra.

Não nos reportamos aqui ao elogia que estraga ou à lisonja que envenena. Referimo-nos à amizade e à gratidão que valorizam o trabalho e alimentam o bem.

Por mais dura seja a estrada, aprende a sorrir e a abençoar, para que a alegria seja adiante, incentivando os corações e as mãos que operam a expansão da Bondade Infinita.

O próprio Deus nunca se encontra tão excessivamente ocupado que não se lembre de sustentar o Sol, para que o Sol aqueça, em seu nome, o último verme, na última reentrância abismal.

Emmanuel

(Do livro: "Palavras de Vida Eterna", Francisco Candido Xavier)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Surra de Bíblia

"Lutando no tratamento de 4 irmãs obsedadas, José e Chico Xavier gastaram alguns meses até que surgisse a cura completa.

No princípio, porém, da tarefa assistencial houve uma noite em que José foi obrigado a viajar em serviço da sua profissão de seleiro.

Mudara-se para Pedro Leopoldo um homem bom e rústico, de nome Manuel, que o povo dizia muito experimentado em doutrinar espíritos das trevas.

O irmão do Chico não hesitou e resolveu visitá-lo, pedindo cooperação.

Necessitava ausentar-se, mas o socorro às doentes não deveria ser interrompido. "Seu" Manoel aceitou o convite e, na hora aprazada, compareceu ao "Centro Espírita Luiz Gonzaga", com uma Bíblia antiga sob o braço direito. A sessão começou eficiente e pacífica.

Como de outras vezes, depois das preces e instruções de abertura, o Chico seria o médium para a doutrinação dos obsessores.

Um dos espíritos amigos incorporou-se, por intermédio dele, fornecendo a precisa orientação e disse ao "seu" Manuel entre outras coisas:

- Meu amigo, quando o perseguidor infeliz apossar-se do médium, aplique o Evangelho com veemência.

- Pois não, - respondeu o diretor muito calmo, - a vossa ordem será obedecida.

E quando a primeira das entidades perturbadas assenhoreou o aparelho mediúnico, exigindo assistência evangelizante, "seu" Manuel tomou a Bíblia de grande formato e bateu, com ela, muitas vezes, sobre o crânio do Chico, exclamando, irritadiço:

- Tome Evangelho! Tome Evangelho!...

O obsessor, sob a influência de benfeitores espirituais da casa, afastou-se, de imediato, e a sessão foi encerrada.

Mas o Chico sofreu intensa torção no pescoço e esteve seis dias de cama para curar o torcicolo doloroso.

E, ainda hoje, ele afirma satisfeito que será talvez das poucas pessoas do mundo que terão tomado "uma surra de Bíblia"...

Chico Xavier

Filho do humilde e inculto operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de Deus, Francisco Cândido Xavier, ou melhor, Francisco de Paula Cândido que era seu verdadeiro nome de batismo nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 e ficou notabilizado como Chico Xavier, o maior médium do Século XX e o maior psicógrafo de todos os tempos.

Aos 5 anos de idade ele ficou órfão de mãe. Seu pai, sem condições de manter os 9 filhos, distribuiu as crianças entre vários familiares e amigos. O pequeno Chico ficou sob os cuidados de sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente. Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar". O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.

Quatro anos depois, terminou seu martírio. Seu pai casou-se novamente com D. Cidália, que passou a ser sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu-o carinhosamente, e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação econômica da família era difícil. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a freqüentar as aulas.

Aos nove anos seu pai, empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até às 11 horas, freqüentava a escola primária pública, depois trabalhava na fábrica até às 2 horas da madrugada. Aprendeu mal a ler e a escrever. Quando concluiu o pequeno curso da escola pública empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café

Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo. Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite. As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo. Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "

Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem freqüentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras. A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.

Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL, que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje. A respeito desse Benfeitor espiritual nos diz o próprio médium: "Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquece-lo."

Emmanuel propõe ainda ao jovem Xavier mais três condições para com ele trabalhar: 1ª condição, DISCIPLINA 2ª condição, DISCIPLINA, 3ª condição, DISCIPLINA.

A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo, depois deste livro sucederam-se muitos outros, somando no total uma extraordinária produção literária de mais 400 obras mediúnicas.

Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo . Não podemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que durante as décadas que esteve ao serviço do Ministério da Agricultura, jamais -- não obstante a sua precária saúde e trabalho doutrinário, fora das horas de serviço -- deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M. A. Em finais da mesma década de cinqüenta, vai residir em Uberaba - MG, por motivos de saúde e a conselho médico, onde permanece até hoje e apenas com a sua magra reforma (aposentadoria).

Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual. A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.

Em 30/06/2002, em plena comemoração pelo pentacampeonato mundial de futebol, Chico desencarna, discreto, tranqüilo, em paz, após uma vida de amor e dedicação próximo. Ele foi encontrado no quarto pelo filho adotivo, Eurípedes Humberto. Segundo a família, ele sofreu uma parada cardíaca, após reclamar de dores no peito e nas costas durante a manhã.

Em 1981, cerca de 10 milhões de brasileiros assinaram manifestos para que ele recebesse o prêmio Nobel da Paz.

domingo, 18 de julho de 2010

SEGUNDO PENSAMOS


Cada consciência é um centro gerador de forças no movimento universal, cuja direção depende de si mesma.

Pensar é criar.

O destino recebe a forma que lhe impusermos, à maneira do vaso que exprime a imaginação do oleiro.

A palavra vem depois da idéia.

A ação é cimento invisível.

A obra é pensamento coagulado.

Renovar o mente no trabalho incessante do bem, cunhando valores positivos, ao redor de nós mesmos, é estabelecer roteiros sempre novos para a vanguarda evolutiva.

O espírito, herdeiro divino do Supremo Senhor, traz consigo todas as sementes do Céu para engrandecer a Terra.

Unidade atuante, irradias-se, através de mil modos, gozando ou sofrendo, em seu cosmo orgânico, a benção ou a reação das energias que projeta e que o elevam ou convulsionam, de acordo com a intensidade dinâmica que lhes é característica.

Cultiva a tua mente, iluminando-a e enobrecendo-a.

Ainda que, por agora, não percebas, a tua alma se expande, em milhões de partículas, que são os agentes de libertação ou de cativeiro elaborados por teu próprio plano mental.

Avança, escolhendo a "melhor parte".

Diante do sofrimento e da morte, afirmou o Mestre, certa vez: - "Não temas, crê somente."

Segundo pensarmos, assim será.

(Do livro "Doutrina E Aplicação", André Luiz, Francisco Cândido Xavier, Espíritos Diversos)

VIDA CONJUGAL


"Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido." - Paulo. (EFÉSIOS, 5:33.)

As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum.

Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.

O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.

Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.

Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.

É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia.

Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.

O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas.

Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real.

Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...

Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades.

Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu ...

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier

Felicidade

"A felicidade não pode estar onde a colocamos, com a nossa cegueira terrestre, mas no compreendermos a Vontade Divina"

- E nada esperas da Terra no que se refere a possível felicidade neste mundo?!

- A felicidade não pode estar onde a colocamos, com a nossa cegueira terrestre, mas no compreendermos a Vontade Divina, que saberá localizar a ventura para nós, como e quando oportuna. Não temos uma só vida. Teremos muitas.

O segredo da alegria reside em nossa realização para Deus, através do Infinito. De etapa em etapa, de experiência em experiência, nossa alma caminhará para as glórias supremas da espiritualidade, como se fizéssemos a laboriosa ascensão de uma escada rude e longa. . . Amar-nos-emos sempre, meu avô, através dessas numerosas existências. Elas serão como anéis na cadeia de nossa união ditosa e indestrutível. Então, mais tarde, vereis que a vossa neta, dentro da sua realidade espiritual, se encontrará convosco, com a mesma compreensão e com o mesmo amor imperecível, na região da felicidade real que a morte nos descerrará, com os seus sepulcros de cinzas dolorosas!

Atualmente, aos vossos olhos serei, talvez, sempre triste e desventurada; mas, no íntimo, guardo a certeza de que as minhas dores constituem o preço da minha redenção para a luz da Eternidade.

Segundo me falam os augúrios do coração em suas vozes silenciosas e secretas, não terei um lar constituído, especialmente, para a minha ventura nesta vida!

Viverei incompreendida, de coração dilacerado no caminho acerbo das lágrimas remissoras! O sacrifício, porém, será suave, porque, na sua exaltação, sinto que encontrarei a estrada luminosa para o reino da Verdade e do Amor, que Jesus prometeu a todos os corações que confiassem no seu nome e na sua misericórdia bendita!

Os olhos de Célia elevaram-se para o Alto, como se o espírito aguardasse, ali mesmo, junto do velho avô, as graças divinas vislumbradas pela sua crença cheia de luminosidade e de esperança.

Cneio Lucius, todavia, aconchegou-a de mansinho ao coração, como se o fizesse a uma criança, falando-lhe com acentuada ternura:

- Filhinha, estás cansada! Não te justifiques por mais tempo. Conversarei com Helvídio a respeito dos teus mais íntimos pensamentos, elucidarei a tua situação perante o seu conceito.

(Extraído do livro "50 anos depois" de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mensagem do Ministro Ypuena

Reunião de Componentes, em 13/06/10.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!(3 vezes)

Salve Deus meus filhos Ypuena!

Graças a Deus!

Lacerda, o trabalho de prisão Lacerda, assumido por você... Tem que estender também ao contingente! Nós não caminhamos sozinhos! Atrás do Adjunto, vai o contingente! Na frente, vai o Ministro e na frente do Ministro vai o Pai Seta Branca! É a força decrescente filhos! É a força decrescente!

Nós estamos aproximando da Queda da Bastilha, aonde todos vocês se comprometeram com sangue! Com Cortes! 14 de julho é a noite sangrenta, aonde a corte foi passada pela guilhotina e sangue derramado de inocentes! E os filhos de Ypuena estavam lá! Então é a hora de buscarmos esse transcendente e curarmos destas forças que tanto incomodam!

Meus filhos! Só um aviso: Trabalho de prisão é um trabalho na sua individualidade! Vocês voltam a um passado distante! Cobrador não tem nada prá dar a vocês! São vocês os doadores! Portanto, não se aflijam, não se martirizem, mantenham a sintonia na roupagem de prisioneiro e os bônus que vocês pedem também não vos libertam! Eles são a autorização pra que vocês adentrem na Via Sagrada, diante dos Pretos Velhos, dos verdadeiros juízes do trabalho de prisão. É ali a sua libertação! Cada Preto Velho que atende o prisioneiro tem a autorização do Pai Seta Branca, de libertá-los ou não! Pai João, lá na frente, só confirma a libertação ou a continuidade do trabalho de prisão. Lembrem-se disso!

Outra coisa meus filhos: Principalmente a esse povo de Ypuena que eu amo tanto! Quando vocês forem fazer as suas emissões, é a emissão que abre o portal de desintegração, o Neutron, não fiquem acrescentando acima do Salve Deus outras “pelengas”. Vocês emperram a chave que abre o Neutron, quando acrescenta antes das suas emissões, falatórios. Tem alguns que Koatay 108 colocou, nas mãos deles, chaves antes da abertura. Mas são alguns! Sejam autênticos filhos de Ypuena! O Salve Deus é o necessário para iniciar a sua emissão. Quanto menor for o médium, maior é a caridade do Pai, porque o grande não cabe no pequeno! É o pequeno que cabe no grande! Vamos lá filhos! Vamos ser pequenos pra caber dentro do Pai Seta Branca, o Simiromba de Deus!

Eu estou vendo o Lacerda bravo! “pegando marimbondo com a mão”, como vocês falam por aqui. E ele tem muita razão! Se nós enfraquecermos o Adjunto, o povo se dissolve! O elo é rompido! A Força fica estagnada e as doenças físicas aparecem! Mas fortalecendo vosso Adjunto, meus filhos, com emanação, com a vossa presença, com vosso silêncio, todos nós saímos fortalecidos! O Pai Seta Branca tem um amor profundo pelo povo de Ypuena! Salve Deus filhos!

Lacerda, levante o meu aparelho, peça ao povo de Ypuena que se levante e cante o hino oficial... Pai Seta Branca está chegando!

(depois de cantado o hino, volta a falar o Ministro):

Sente o meu aparelho e peça ao povo que sente.

Salve Deus meus filhos! Estamos em terra sagrada! A visita do Pai Seta Branca não é merecimento meu, mas merecimento vosso! Foi feito cura aqui filhos!,Cura física, cura espiritual e a emanação do Pai Seta Branca, o amor profundo do Pai Seta Branca ao Adjunto Ypuena, reflete em todos vós em Cristo Jesus! Ele me pediu que entregasse uma rosa vermelha a cada um de vós... A rosa vermelha vinda de tempos distantes, das vossas iniciações! Promessa de amor, promessa de cura, promessa de trabalho filhos! Nós não podemos deixar os pacientes sem atendimento. O templo está ali, inundado de pacientes e com escassez de médiuns! Há pouco tempo eu pedi a vós outros, que não deixassem a sirene tocar à noite, que nós, filhos de Ypuena, fossemos até ao templo atender aos necessitados e a sirene parou de tocar, filhos! Graças a Deus!

Eu escolhi a cada um de vós. Não foram vocês que me escolheram filhos! Fui Eu! Pedi ao Pai Seta Branca esta permissão, que cada um, filho de Ypuena, fosse escolhido por mim. Por isso escolhi os humildes, por isso escolhi os que têm força, por isso escolhi os que têm conduta doutrinária, por isso escolhi os filhos de Pai Seta Branca, em Cristo Jesus!

Não dê ouvidos a falatórios filhos, não movimentem corrente negativa! O templo-mãe não precisa disso! Nós precisamos do templo-mãe funcionando! Nós precisamos dos pacientes, nossos bônus! Nossos bônus! Nós precisamos da Mansão, minha casa, minha casa! Casa dos meus filhos! Aqui se ensina, aqui socorrem, aqui ajudam, aqui velamos os nossos irmãos que desencarnam, meus filhos! Então, a Casa Ypuena, a Mansão Ypuena, com a presença do Pai Seta Branca, é solo sagrado em Cristo Jesus!

Salve Deus!

Lacerda, desincorpore o meu aparelho sem fazer contagem, vamos deixar que a emanação do Pai Seta Branca seja anexada aos nossos filhos! Que eles concluam a escalada, levando nas mãos e no coração, o amor do Pai Seta Branca, em Cristo Jesus! Boa sorte filhos!

Salve Deus!

CTPY, 13/06/10.

terça-feira, 13 de julho de 2010

CIGANOS

Passagens marcantes na jornada do Jaguar aconteceram quando encarnaram como bandos de ciganos, na Rússia, na Europa Central e na Andaluzia. Tradições que, pelo charme, até hoje se fazem presentes nas nossas encarnações atuais. Sem dúvidas, a que mais heranças nos legou foi a dos Katshimoshy, cuja história Tia Neiva nos deixou na obra “A Volta dos Ciganos (e o Efeito das Reencarnações)”, onde relata a divisão da tribo cigana, devido à morte do rei, entre os dois irmãos rivais, na Rússia.

Um grupo ficou no acampamento original, obedecendo a um novo rei, e o outro, que era composto, inclusive, por Tia Neiva e Mãe Calaça, para evitar derramamento de sangue, foi em busca de outro local nas estepes russas. Mas este grupo foi quase que totalmente dizimado por um ataque de lobos ferozes.

Mãe Calaça foi morta, mas manteve sua proteção junto a Andaluza, jovem e bela cigana, companheira do rei, com quem teve um filho, Yatan.

Dessa tribo Katshimoshy nos chegaram os talismãs, protetores magnéticos de grande eficácia, e uma prece matutina que, para ser melhor aproveitada, deve ser feita ao ar livre, nas primeiras horas da manhã:

PRECE CIGANA KATSHIMOSHY:

SENHOR! EU TE AGRADEÇO PELA VIDA E POR ESTA NOVA MANHÃ!...

AJUDA-ME A ENCONTRAR AS PESSOAS QUE DEVO,

A OUVIR AQUELAS COM QUEM QUERES QUE ME COMUNIQUE...

MOSTRA-ME COMO AJUDÁ-LAS OU COMO RECEBER ALGUMA COISA QUE TENHAM A DAR...

AJUDA-ME A SER UM AUXÍLIO, UMA BÊNÇÃO AOS MEUS!

A ORDEM DIVINA TOME CONTA DE MINHA VIDA HOJE E TODOS OS DIAS!

HOJE É UM NOVO E MARAVILHOSO DIA, E NUNCA HAVERÁ UM DIA COMO ESTE...

A MINHA VIDA É COMANDADA DE FORMA DIVINA E TUDO QUE EU FIZER IRÁ PROSPERAR...

O AMOR DIVINO ME CERCA, ME ENVOLVE E ME PROTEGE, E EU CAMINHO EM PAZ!

SEMPRE QUE MINHA ATENÇÃO FOR DESVIADA DO QUE É BOM E PRODUTIVO,

EU A TRAREI DE VOLTA PARA A CONTEMPLAÇÃO DO QUE É ADMIRÁVEL E DE BOA FAMA!

SOU UM IMÃ MENTAL E ESPIRITUAL, ATRAINDO TODAS AS COISAS QUE ME FAZEM PROSPERAR...

HOJE EU VOU ALCANÇAR UM ENORME SUCESSO EM TODAS AS MINHAS TAREFAS...

HOJE EU VOU SER FELIZ O DIA TODO!

SALVE DEUS!

“9 de junho de 1960 - data inesquecível!

Caminhava guiada pela grande convicção de que tudo, vindo de meu Pai Seta Branca, estava certo. Com as aspirações mais secretas, indefinida, eu caminhava naquela minha solidão, hoje também distante. Sim, caminhava e, para mim, cada dia e cada noite embrenhavam no mais profundo mistério.

9 de junho de 1960... Solidão... Tristeza... Caminhava, quando deparei comigo mesmo. Com profundo desamor, não me preocupei de estar onde estava ou com o que poderia acontecer com o meu corpo, onde estava. Levantei os olhos. Vi, senti que estava na Terra! Aquelas árvores frondosas me davam medo. Senti estar atravessando um caudaloso rio. Deparei com uma pequena clareira que, não sei porquê, me parecia familiar. Comecei a ouvir vozes e vi, num quase bale, dançando uma linda mulher, vestida de cigana, onde também haviam homens ciganos, vestidos com muito bom gosto, alguns tocando violino.

Uma voz, em harmonia, chegou aos meus ouvidos, como que querendo me amparar:

É uma tenda cigana, é a tua origem e a de todo o teu povo!...

Comecei, então, a raciocinar, o que até então não fizera. Por que tanta solidão? Por que tanto mistério? De que me servirá todo este conhecimento? Não obtive resposta.

E, alheias aos meus sentimentos, aquelas lindas pessoas cantavam e dançavam em sua alegria singular. Comecei a pensar, pensar sem qualquer afirmação, esses pensamentos que a gente pensa sem saber porquê! Eles se amavam - eu via a ternura entre eles. Casais, juntinhos, se acariciavam porém sem um toque de sensualidade.

O meu coração se enchia de ternura, algo que até então eu não sentira. A volta foi mais leve, porque comecei a sentir inveja daquela gente!”

Tia Neiva em 6 de agosto de 1979

O aborto

... Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?

Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente.

- Pois vejo mais - respondeu o Vigilante-Chefe.

Baixando o tom de voz, recomendou:

- Conte as manchas pretas.

Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes:

- Cinqüenta e oito.

O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor, explicou:

- Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto.

Recordei, assombrado, os processos da medicina, em que muitas vezes enxergara, de perto, a necessidade da eliminação de nascituros para salvar o organismo materno, nas ocasiões perigosas; mas, lendo-me o pensamento, o Irmão Paulo acrescentou:

- Não falo aqui de providências legítimas, que constituem aspectos das provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que começam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida.

Demonstrando a sensibilidade das almas nobres, Narcisa rogou:

- Irmão Paulo, também eu já errei muito no passado. Atendamos a esta desventurada. Se me permite, eu lhe dispensarei cuidados especiais.

- Reconheço, minha amiga - respondeu o diretor da vigilância, impressionando pela sinceridade -, que todos somos espíritos endividados; entretanto, temos a nosso favor o reconhecimento das próprias fraquezas e a boa-vontade de resgatar nossos débitos; mas esta criatura, por agora, nada deseja senão perturbar quem trabalha. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. Para que nos serve aqui um serviço de vigilância?

E, sorrindo expressivamente, exclamou:

- Busquemos a prova.

O Vigilante-Chefe aproximou-se, então, da pedinte e perguntou:

- Que deseja a irmã, do nosso concurso fraterno?

- Socorro! socorro! socorro!... - respondeu lacrimosa.

- Mas, minha amiga - ponderou acertadamente -, é preciso sabermos aceitar o sofrimento retifica dor. Por que razão tantas vezes cortou a vida a entezinhos frágeis, que iam à luta com a permissão de Deus?

Ouvindo-o, inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou:

- Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranqüila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura...

- Não é isso que se observa na fotografia viva dos seus pensamentos e atos. Creio que a irmã ainda não recebeu, nem mesmo o benefício do remorso. Quando abrir sua alma às bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte até aqui.

Irada, respondeu a interlocutora:

- Demônio! Feiticeiro! Sequaz de Satã!... Não voltarei jamais!... Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar.

Assumindo atitude ainda mais firme, falou o Vigilante-Chefe com autoridade:

- Faça, então, o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade.

A mendiga objetou atrevidamente:

- Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.

E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera, perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a passo firme, como quem permanece absolutamente senhor de si. Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos minutos, e, voltando-se para nós, acrescentou:

- Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranqüilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu. Ante o silêncio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-Chefe rematou:

- É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências. Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.

(EXTRAÍDO DO LIVRO "O NOSSO LAR")

domingo, 11 de julho de 2010

Pérolas de Luz


As Mensagens a Seguir foram enviadas como contribuição espontânea do Mestre Adriano Pereira, leitor assíduo e participante ativo desta jornada.

“Procurai o Reino de Deus e Sua Justiça - disse Jesus - e tudo o resto vos será dado por acréscimo”.

O Reino de Deus representa o mais alto ideal a que o ser humano pode aspirar. Pondo-vos ao serviço desse ideal, atraís para vós todas as bênçãos.

Tudo o que podeis desejar fora do Reino de Deus e da Sua Justiça, isto é, fora da luz, do amor, da generosidade, da fraternidade, só pode tornar-vos mais pesados, empobrecer-vos e tornar a vossa vida cada vez mais difícil. Por um momento, talvez vos sintais satisfeitos, porque sentistes prazeres, obtivestes sucessos pessoais, mas depressa ficareis estragados, sem brilho, e talvez até tenhais que pagar depois muito caro esse momento de satisfação. Por isso se pode dizer que estas palavras de Jesus “Procurai o Reino de Deus e Sua Justiça e tudo o resto vos será dado por acréscimo” são a quinta-essência absoluta da Ciência Iniciática.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, dizia Jesus.

Para interpretar correctamente o seu pensamento, é preciso ajustar estas três palavras a fim de reconstituir um conjunto. Como? Graças à imagem do rio. Na origem do rio está a nascente: é a verdade. Da nascente corre a água: é a vida. E, à medida que o tempo passa, a água cava o seu leito: o caminho.

Sabeis porque é que eu baseei a minha filosofia nas três palavras: amor, sabedoria e verdade? Foi porque elas estão relacionadas com as palavras de Jesus:«Eu sou o caminho, a verdade e a vida.» Portanto, na origem há a nascente (a verdade); desta nascente corre a vida (o amor); e o caminho que essa água arranja para descer, o leito do rio ( é a sabedoria). A água vem de cima e desce para nos vivificar. Mas para a beber em toda a sua pureza, devemos ir procurá-la na nascente. A água desce, mas nós só receberemos todas as suas bênçãos se nos elevarmos, pela oração e pela meditação, até à Nascente Divina.

"Levante todos aqueles que estiverem caídos em seu redor. Você não sabe onde seus pés tropeçarão."

Estas palavras de André Luís nos alertam quanto ao dever de ajudar a todos os que caem, não só física, como moralmente.

Não critique quem cair.

Ajude-o a erguer-se, tal como você gostaria que fizessem com você, se estivesse no mesmo caso.

NÃO diga que não pode trabalhar em benefício dos outros.

Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar com você!

Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar!

Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas, para terem um décimo da fé que você tem!

Não diga que não pode trabalhar!

Distribua os bens que Deus lhe concedeu, em gestos de bondade e palavras de carinho.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meu testemunho de fé

- Meu testemunho de fé

- Convosco vou partilhar
- Graças a Deus Nosso senhor
- Por me ajudar a caminhar


- Nossa querida Mãe
- O Vale do Amanhecer fundou
- Espalhou com seu amor
- O que Jesus lhe ensinou


- Sua doutrina querida
- A todos nós enviou
- Seu exemplo de amor
- Em nosso coração ficou


- Quando bati a esta porta
- Doces palavras ouvi
- Escutei tudo e chorei
- Mas não sei o que senti


- Sou uma filha do Pai
- Foi o meu chamamento
- Não quis acreditar
- E parei por um momento


- Meu Jesus eu quero tanto
- Aquecer teu coração
- Ensina-me a caminhar
- Sempre em tua direcção


- Cada dia que passa
- Preciso mais da tua luz
- Do Amor e Tolerância
- Para Chegar a ti Jesus


- Meu caminho turbulento
- Minhas “pedras” eu arrumo
- Quero meus queridos Pretos Velhos
- Pertencer a outro Mundo


- Um dia chego até ti
- Sem medo e sem pudor
- Pois amo a todo mundo
- E a ti Nosso Senhor


- Prometi neste Templo
- Ser humilde e tolerante
- Viver e ser feliz
- Pois tudo acaba num instante


- Agradeço todos os dias
- À minha Preta Velha
- Amo-a agora e sempre
- Que seria eu sem “Ela”

- No dia que eu “partir”
- Deixo feliz meu coração
- Vou para junto de Jesus
- Acabou minha “missão”


- Até lá vou ser fiel
- A Jesus Nosso Senhor
- Foi com “Ele” que aprendi
- A ser humilde e ter amor.


(Algumas quadras escritas pela nossa querida Irmã, Ninfa Lua Tina)


“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições douras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera." Jesus - Marcos, 4:19

A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.

Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.

Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.

Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.

A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.

A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.

Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis conseqüências.

A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.

Não se faz possível à realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.

A lição do Evangelho é semente viva.

O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.

É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.

Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto-exame.

Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.

Do livro Vinha de Luz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.